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Com a performance de sempre, Gabriel Medina vence no retorno ao mundial

Gabriel Medina, em G-Land (IND) - WSL
Gabriel Medina, em G-Land (IND) Imagem: WSL

Colunista do UOL

28/05/2022 06h58

Terminou o hiato do maior surfista da atualidade nas competições.

Já era finalzinho da tarde de sábado na Indonésia, quando Gabriel Medina voltou a vestir a lycra numa disputa oficial, depois de quase 9 meses - quando levantou o tricampeonato em Trestles, na Califórnia.

Fora da primeira metade da temporada para cuidar da saúde mental e do corpo, o tricampeão voltou a vestir o número 10 na 6ª etapa do calendário de 2022 da World Surf League.

Como aconteceu na campanha vitoriosa de 2021, GM segue com o australiano Andy King como técnico.

As famosas esquerdas de em G-Land não estavam lá com aquele tamanho. Mas como sempre, as linhas entraram limpas e longas na bancada de coral, oferecendo ótimas condições.

Na 1ª onda, ele ligou o turbo para correr toda extensão. Manobrou pouco e tirou nota 3,0.

Na 2ª, arriscou um tubinho... mas não saiu.

Depois, colocando pressão antes ainda dos adversários Samuel Pupo e Callum Robson (AUS) pegarem algo, entrou em mais uma s só acelerou.

A partir daí, colocou o modo Medina em ação. Com um tubo, combinado com um lindo carve e boa finalização, marcou 8,07 pontos para garantir a liderança.

Não foi uma exibição de gala, mas o resultado da reestreia na WSL foi o mesmo jeito da última atuação: vitória.

Com o corte dos atletas após o campeonato de Margaret River, na Austrália, o formato dos eventos mudou um pouquinho.

Antes, os 2 primeiros nas disputas do round 1 avançavam direto, pulando a repescagem. A partir da 6ª prova, só o líder das baterias de 3 atletas se garante automaticamente para as oitavas de final.

Yago - WSL - WSL
Yago Dora está de volta ao tour da WSL
Imagem: WSL

Caso de Italo Ferreira, que construiu sua vitória logo nos minutos inicias. Abriu sua performance em G-Land com uma nota 8,33. Em seguida, bem a seu estilo, foi pegando várias ondas e soltou as manobras para solidificar o placar. Não deu chances para o compatriota Caio Ibelli e o americano Jake Marshall. Caio terá que passar pelo round de eliminação.

Líder do ranking, Filipe Toledo não repetiu as atuações dominantes anteriores. Só fez uma onda boa em sua de estreia. Faltou uma segunda nota para avançar. Filipinho terminou em 3º, atrás do local Rio Waida e do americano Nat Young, e vai precisar da repesca para seguir vivo no torneio.

Convidado do evento, Waida se tornou na semana passada, o primeiro indonésio a vencer uma etapa de status 10 mil da WSL. Faturou o Challenger Series de Sydney, na Austrália, 2ª etapa do circuito da divisão de acesso. Agora, estreia com vitória em casa sobre um dos principais nomes do mundial. Que fase!!!

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Jadson André
Imagem: WSL

Outros 3 brazucas estão na chave masculina em G-Land.

Jadson André fez uma bateria apertadíssima diante do australiano Ethan Ewing e o sul-africano Jody Smith.

Terminou em 2º, apenas 0,70 atrás de Ewing.

Assim como Gabriel Medina, Yago Dora está de volta ao tour da WSL. Com uma lesão séria no começo do ano, Yago se afastou do mar por vários meses. Recuperado, herdou a vaga do havaiano Seth Moniz, e mostrou que está 100%. Surfou muito bem e só não venceu porque John John Florence achou a onda da virada no finalzinho.

Miguel Pupo fecha a lista. Com o tradicional surfe sólido de frontside, Miguel dominou a heat 7 do dia e se classificou para as oitavas.

G-Land - WSL - WSL
G-Land, Indonésia
Imagem: WSL

Veja quais serão os confrontos da repescagem, com direito a duelo brasileiro logo de cara:

heat 1: Filipe Toledo x Yago Dora

heat 2: Matthew McGillivray (AFS) x Caio Ibelli

heat 3: Jackson Baker (AUS) x Kanoa Igarashi (JPN)

heat 4: Connor O'Leary (AUS) x Jordy Smith (AFS)

heat 5: Jadson André x Barron Mamiya (HAV)

heat 6: Kelly Slater (EUA) x Samuel Pupo

heat 7: Jake Marshall (EUA) x Callum Robson (AUS)

heat 8: Kolohe Andino (EUA) x Nat Young (EUA)

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Tatiana Weston-Webb encaixada no tubo de G-Land
Imagem: WSL

Na chave feminina, Tatiana Weston-Webb é a única representante do Brasil no tour. Hoje, ela estava ON.

Surfou com pressão, somou 15,17 e despachou as rivais Tyler Wright (AUS) e Lakey Peterson (EUA) para a repescagem.

Como a competição das mulheres tem uma fase a menos, Tati já aguarda sua rival nas quartas de final.

por @thiago_blum / @surf360_