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Rodrigo Coutinho

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Queda bisonha precisa ensinar ao Inter. Não dá pra ir tão mal fora de casa!

Colunista do UOL

11/08/2022 21h37

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O Internacional está eliminado da Copa Sul-Americana. Mesmo diante de um Beira-Rio lotado e considerando a disparidade técnica para o Melgar, 7º colocado do Campeonato Peruano, o Colorado não conseguiu marcar um gol. Teve Gabriel expulso na 2ª etapa, levou sufoco no fim, e parou na ótima atuação do goleiro Cáceda, que pegou três pênaltis. Se não tivesse jogado tão mal no jogo de ida, talvez não se destabilizasse tanto ao longo dos 90 minutos

Mano Menezes teve os desfalques de Rodrigo Moledo e Alemão. Braian Romero foi o escolhido para ser o titular no comando do ataque. Alan Patrick voltou ao time principal. Já o técnico Pablo Lavallén fez duas mexidas em relação ao primeiro jogo. Tandazo entrou na meia-esquerda, empurrando Perez Guedes para a ponta, e Galeano formou na zaga.

A mesma pressão feita pelo Melgar em casa foi repetida pelo Internacional em Porto Alegre. Apoiado por um Beira-Rio lotado e longe dos efeitos da altitude de 2.400m, o Colorado foi um time agudo e vertical com a bola. Buscou os movimentos de Braian Romero como alvo para se fixar nas proximidades da área, seja em diagonal ou no pivô do argentino, que participou de boas tramas com Alan Patrick e Wanderson.

Com apenas 20 segundos o camisa 9 saiu na cara do gol, mas tentou driblar o goleiro Cáceda e foi desarmado. O arqueiro peruano impediu um gol brasileiro antes do intervalo. Pegou uma cabeçada de Romero e um chute cruzado de Wanderson que tinham endereço certo. O lado esquerdo colorado foi mais produtivo. Wanderson levou vantagem e deu profundidade. Renê e Carlos de Pena ofereceram suporte.

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Como Inter e Melgar começaram o jogo de volta pelas quartas de final da Copa Sul-Americana
Imagem: Rodrigo Coutinho

O Colorado só caiu de rendimento nos últimos dez minutos, quando pareceu ansioso para abrir o placar. O Melgar ajustou a marcação no período e até conseguiu trocar alguns passes no ataque. Esta era a tentativa dos rubro-negros. Mesmo inferior tecnicamente em relação ao Inter, não se furtou de buscar impor um jogo de posse, mas só criou um ataque perigoso. Perez Guedes bateu para a defesa de Daniel aos 8'.

O time gaúcho se protegeu bem dos contragolpes. Gabriel comando ótimas transições defensivas, retomando a posse ainda no campo de ataque algumas vezes. Vitão e Mercado também souberam o momento de encurtar a distância para o volante ou ''correr pra trás''. A pressão voltou a ser forte no início do 2º tempo. Wanderson e Bustos obrigaram Cáceda a fazer duas boas defesas em chutes da entrada da área.

A medida que os gols não foram saindo, o Inter foi se abatendo e começou a tomar muitas decisões erradas. Perdeu a intensidade inicial também. Taison entrou no lugar de Alan Patrick, mas as coisas não melhoraram. Ao contrário. Gabriel entrou forte no tornozelo de Arias em disputa no meio-campo e foi expulso diretamente aos 28'.

Não restou outra alternativa a não ser aguardar a disputa por pênaltis e torcer para Daniel fazer o mesmo que fez em Arequipa: fechar o gol. O arqueiro do Inter fez duas boas defesas que impediram o revés no tempo normal. Nas penalidades, porém, continuou brilhando a estrela de Cáceda. Ele defendeu as cobranças de Edenilson, Taison e Carlos de Pena, e colocou sua equipe pela primeira vez na história nas semifinais.