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Rodrigo Coutinho

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Ângelo evita mais um capítulo melancólico na temporada santista

Colunista do UOL

08/08/2022 22h06

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Eliminação na 1ª fase e novo flerte com o rebaixamento no Paulista. Goleada para o Corinthians na Copa do Brasil. Queda na Sulamericana para o frágil Táchira. Três treinadores em sete meses. O 2022 do Peixe não é bom, mas os talentos jovens do elenco acabam sendo responsáveis pelos melhores momentos do time. Na noite desta segunda-feira foi a vez de Ângelo resolver um jogo de nível baixo.

Em seu terceiro jogo, Lisca já se deu conta que vai ter muito trabalho para melhorar a equipe. O clube tem um elenco longe de ser um primor. Fez uma série de apostas erradas. Mas há material humano para jogar mais.

Gustavo Morinigo não pôde contar com Igor Paixão, prestes a ser negociado com o Feyenoord, e Egídio, suspenso. Escalos os recém-contratados Jesús Trindade e Hernan Pérez. Camacho, Lucas Pires e Léo Baptistão foram os desfalques alvinegros. Rodrigo Fernandez, Felipe Jonatan e Lucas Barbosa entraram. Carlos Sanchez seguiu no meio-campo.

Pouca coisa de útil pode ser relatada do 1º tempo disputado no gramado do Couto Pereira. Coritiba e Santos protagonizaram um péssimo espetáculo. As duas equipes basicamente não criaram nenhum ataque de destaque. Estiveram travadas, sem soluções coletivas e inidivduais, se expondo pouco, o que acabava não possibilitando também nenhum contragolpe realmente efetivo. Um show de horrores!

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Como Coritiba e Santos iniciaram o duelo válido pela 21ª rodada do Brasileirão 2022
Imagem: Rodrigo Coutinho

O Peixe conseguiu circular a bola com mais de desenvoltura, e até por isso finalizou mais: 4x1. Nenhum dos cinco arremates, porém, teve a direção do gol. Três deles foram bloqueados pelas defesas, o que dá a dimensão de que foram realizados sem a melhor condição possível. Faltou contundência ao alvinegro nas imediações da área. Mais inventividade na movimentação, rupturas em cima da última linha do Coxa.

Sanchez e Lucas Barbosa faziam trocas de posição pela direita. Lucas Braga era agudo pela esquerda. Muito pouco para produzir. O Coritiba concentrou seu jogo pelo meio. Promoveu flutuações de Álef Manga e Hernán Pérez para as costas dos volantes santistas, mas o passe não os encontrava. O raciocínio na distribuição era lento, a execução imprecisa.

Morinigo tentou acrescentar criatividade ao Coxa com a entrada de Thonny Anderson no lugar de Jesús Trindade. Não deu muito tempo de julgar qualquer mudança. Logo no primeiro minuto o Peixe abriu o placar. Carlos Sanchez cobrou escanteio pela direita, Madson subiu mais que Willian Farias e marcou um belo gol de cabeça.

A resposta veio rápida, e com a participação de Thonny Anderson. Ele recebeu pela direita e fez um lindo lançamento para Léo Gamalho marcar de cabeça entre Bauermann e Felipe Jonatan. O time da casa se animou e o jogo finalmente tornou-se interessante. Hernán Pérez quase virou em duas finalizações seguidas, uma delas bateu na trave esquerda.

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Carlos Sánchez lamenta durante Coritiba x Santos, jogo do Campeonato Brasileiro
Imagem: Gabriel Machado/AGIF

Marcos Leonardo e Lucas Braga finalizaram pra fora em ataques rápidos. Carlos Sanchez obrigou Alex Muralha a fazer uma defesa impressionante aos 29'. A produção das equipes era melhor no 2º tempo, mas ainda longe do ideal. Foram oportunidades quase sempre pautadas em erros rivais ou lampejos individuais.

O Coritiba pressionava mais no fim do jogo. Parecia em melhor estágio físico em relação ao Santos, mas não chegou a criar nada de tão relevante e foi punido. Ângelo arrancou em contragolpe pela direita, deixou Guilherme Biro pra trás e só rolou para Angulo colocar números finais na partida.

O Coxa venceu apenas dois dos últimos 13 jogos. Segue flertando perigosamente com a zona de rebaixamento. A situação do Peixe é um pouco melhor na tabela. É nono colocado com 30 pontos, mas não dá a menor pinta de que terá forças para lutar por algo melhor.