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Timão viverá uma nova fase entre expectativa e realidade agora
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O Corinthians é o vice-líder do Brasileirão com quatro pontos a menos que o Palmeiras. É também o time que melhor finaliza no campeonato e possui o goleiro com maior percentual de defesas em arremates na direção da meta. Esses são os dois pilares da boa campanha da equipe. Mas a recuperação de peças importantes e a chegada de reforços trarão uma nova realidade de cobrança para o clube.
O Timão precisa ampliar o seu repertório de jogo. É óbvio que isso não acontecerá como num passe de mágica. Pela simples disposição de jogadores de melhor nível em boas condições físicas. Demanda certo tempo de treinamento e sequência de jogos para a equiparação de ritmo de todos.
A primeira parte da questão será um problema. O próximo meio de semana sem jogos, caso passe de fase na Copa do Brasil e na Libertadores, só virá em meados de setembro. Assim como já fez nesta temporada, o técnico português terá que ajustar as coisas com muito papo e poucas sessões de treinamento intenso. Testar nos jogos e avaliar se há evolução ou não.
O problema é que a exigência por um futebol produtivo ofensivamente certamente será alta. Por mais que o torcedor corintiano não se preocupe tanto com isso, há algo que se impõe: a qualidade e as características dos jogadores. Isso gera expectativas. O Timão, com quase todo o elenco disponível, tem possibilidades de jogar muito mais do que já mostrou até aqui. É da natureza da maioria dos atletas do grupo.
É necessário também ter cuidado com a ideia de que o Corinthians só foi vencedor recentemente com uma equipe totalmente pragmática. É mentira! O time campeão da Copa do Brasil de 2009, com Mano Menezes, tinha boa produção ofensiva. O que deu o título da Libertadores de 2012, com Tite, idem. E o que levantou o caneco do Brasileirão de 2017, com Carille, mostrou ótimas soluções com a bola no 1º turno.
Num período recente ainda podemos citar o excelente trabalho de Tite em 2015. Uma equipe que não tinha nada a ver com o que tentam pregar como a ''verdade absoluta'' do comportamento tático do Corinthians na última década. Aquele time com Renato Augusto, Elias, Jadson e Malcom numa linha por trás de Vágner Love, encantou no 2º turno do Brasileirão de 15.
A chegada do talentoso Fausto Vera e a iminente recuperação de Renato Augusto farão com que Vítor Pereira tenha um ótimo grupo de seis meio-campistas para o preenchimento de três vagas. Du Queiroz, Maycon, Giuliano e Cantillo entrariam neste rodízio. Todos podem produzir bastante com a bola. Possuem características distintas e com diferentes possibilidades de encaixe de acordo com a necessidade do jogo.
Rafael Ramos é um reserva de ótimo nível para Fágner na direita. A zaga ganhou robustez com as chegadas de Bruno Méndez e Balbuena. Piton não está tão abaixo de Fábio Santos pela esquerda. Yuri Alberto, Róger Guedes e Willian podem formar uma bela linha de frente. Ainda tem os jovens Adson e Giovane em crescimento. O sempre útil Gustavo Mosquito.
Enfim Vítor Pereira terá o material humano que necessita para fazer o Corinthians produzir algo mais perto daquilo que outras equipes treinadas por ele fizeram em sua carreira. E certamente será cobrado por isso. O Corinthians só não tem um elenco melhor do que o de Flamengo, Atlético Mineiro e Palmeiras.
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