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Rodrigo Coutinho

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Zaracho decisivo e liderança. Noite de ótimas lembranças para o Galo

Colunista do UOL

17/07/2022 20h08

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Ele esteve entre os melhores jogadores do Galo no iluminado 2021 do clube. Fez 13 gols e deu seis assistências. Jogou demais! Nesta temporada, porém, uma séria lesão muscular tirou o meia argentino de campo por quase dois meses. Fez partidas modestas desde que voltou, mas neste domingo voltou a decidir. Marcou um lindo gol para selar a vitória que deu a liderança do Brasileirão ao atual campeão nacional.

Luis Castro não teve muitos jogadores importantes. Gatito Fernandez, Carli, Hugo, Cuesta, Victor Sá e Patrick de Paula foram alguns deles. Escalou o time num 4-1-4-1, com DG na lateral-esquerda, Douglas Borges na meta. Gustavo Sauer e Philipe Sampaio titulares. Já Turco Mohamed barrou Nathan Silva para a entrada de Igor Rabello. Vargas começou jogando. Ademir foi pro banco.

O Botafogo dificultou as coisas para o Atlético no 1º tempo. Competitivo, se dedicou na marcação e o Galo não teve uma produção ofensiva alta até o intervalo. Tentou. Se mexeu da forma que está acostumado. Zaracho e Vargas circularam bastante por dentro. Hulk e Nacho fizeram o mesmo. O quarteto se procurou e buscou dialogar. Os laterais deram amplitude no campo rival, mas foi complicado encontrar espaços.

Zaracho esteve envolvido nos lances de maior perigo. Só não marcou aos 13 minutos pela entrega de Sampaio e Kanu. Eles bloquearam duas finalizações do argentino a centímetros do gol, depois de passe de Nacho Fernandez. Depois, o camisa 15 recebeu cruzamento de Mariano e acertou uma cabeçada no travessão. Arana, em outras duas ocasiões, também levou perigo em chutes da entrada da área.

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Como Botafogo e Atlético Mineiro iniciaram a partida válida pela 17ª rodada do Brasileirão 2022
Imagem: Rodrigo Coutinho

O Botafogo foi um time agressivo. Vertical, chegava rapidamente nas proximidades da área adversária em contra-ataques. Ou buscava Lucas Fernandes e Erison nas costas do meio-campo rival. A dupla foi bem, deu dinâmica. Vinícius Lopes também incomodou pela esquerda. Saravia foi muito voluntarioso. A criatividade, porém, não foi alta. Um desvio de Kanu em chute cruzado de Erison foi a melhor jogada antes do intervalo.

A intensidade do jogo era alta, mas a velha falta de irregularidade dos visitantes na construção ofensiva reapareceu. O time não consegue impor um volume realmente efetivo na maioria das vezes. Na 2ª etapa, a pegada dos donos da casa caiu e o Atlético passou mais tempo com a bola perto da área. Turco inverteu os lados de Zaracho e Vargas, algo que seria decisivo pouco depois.

O chileno serviu Mariano em profundidade e ele cruzou para Nacho perder um gol feito dentro da pequena área. Na sequência, Zaracho recuperou uma bola de Gustavo Sauer na área e encobriu Douglas Borges com um misto de cruzamento e finalização. Um golaço! O Botafogo quase empatou um minuto depois. Erison e Tchê Tchê pararam em Everson e Allan. Um retrato do que seria o restante da partida.

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Jair, do Atlético-MG, disputa a bola na partida contra o Botafogo, pelo Brasileirão
Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

O Galo recuou e tentou apostar em contra-ataques. Turco colocou Keno e Ademir em campo, mas o time não conseguiu ser efetivo com essa estratégia. O Botafogo, em meio às suas limitações, continuou lutando, até chegou a pressionar. Jeffinho mais uma vez entrou bem pela esquerda, mas foi pouco para produzir chances reais de gol. Keno teve um tento bem anulado nos acréscimos.

A disparidade técnica entre as equipes é gritante e evidenciou o tamanho do erro que foi achar que o Glorioso poderia figurar na ''primeira página'' da tabela de classificação com destaque. Assim como ocorreu na última quinta, contra o América, pela Copa do Brasil, a equipe teve disposição, entrega, intensidade, mas ficou nisso. Venceu só três dos 13 jogos disputados nos últimos dois meses. A briga é para não cair!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL