Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Coutinho: cada vez mais eficiente, Arão colhe os frutos do retorno ao meio
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Ele esteve perto de deixar o Flamengo em mais de uma ocasião, já foi o alvo principal das críticas da torcida, perdeu espaço, recuperou a vaga no time, mudou completamente o seu status depois de 2019, e vive intensamente essas seis temporadas como jogador do Rubro-Negro. Se não é tão badalado quanto o quarteto ofensivo, Willian Arão vem provando jogo após jogo que é fundamental para o funcionamento do time de Renato Gaúcho.
Perto da expressiva marca de 350 partidas com a camisa do clube, o volante retornou a sua posição de origem e vem jogando o ''fino da bola'' depois de alguns meses atuando como zagueiro, sob o comando de Rogério Ceni. Oscilou no início, mas depois mostrou a sua qualidade executando uma função diferente de tudo que fez nos melhores momentos de sua carreira.
Vale lembrar que Arão começou a se destacar em nível nacional com a camisa do Botafogo, na temporada 2015. Atuando quase sempre como segundo homem de meio-campo, com total liberdade para atacar e, às vezes, até como um ''falso ponta'', fez sete gols em 58 partidas. Acabou contratado pelo Flamengo e teve uma grande guinada no clube com a passagem de Jorge Jesus em 2019.
Quem não lembra do ''Tá mal, Arão'', entoado pelo treinador português em jogo-treino na Gávea? Na jogada, o Mister não quis dizer exatamente que o volante estava jogando mal, mas que havia errado o posicionamento enquanto um dos zagueiros saía com a bola em condução. A evolução defensiva e a maior consciência tática, noção de cobertura e posicionamento, foram os pontos da melhoria dele com JJ.
De um volante com total aptidão ofensiva, boa finalização, capacidade de infiltração e último passe eficaz, Arão se tornou um meio-campista de passes mais qualificados na saída de bola, orientação corporal correta para dar prosseguimento às jogadas, seletividade na distribuição, controle de ritmo da circulação da posse e, principalmente, o aprimoramento das valências defensivas citadas no parágrafo anterior.
Arão passou a ser um ''5'' de fato, não só no número da camisa, e desde então é determinante no vencedor Flamengo. Ele é o jogador com mais passes no Brasileirão 2021. Possui 91% de acerto, e o melhor, não se limita a passes para o lado ou ações burocráticas. Também lidera o número de passes para o terço final do campo entre todos os atletas, 252 no total, média de 13 por jogo, com percentual de acerto em 84%, ótimos números.
A cada cinco passes dados por Willian Arão no jogo, um vai para as proximidades da área adversária, e de cada dez desses passes, ele acerta oito. Basta pegar os lances de perigo e boa construção ofensiva do Flamengo, as jogadas mais trabalhadas de gol, é quase impossível não ter a participação de Arão no início. Faz boas escolhas e oferece precisão nos passes.
Logicamente que a presença de Gerson como parceiro de meio-campo durante tanto tempo, e agora o talentoso Andreas Pereira, ajudam no crescimento e na liberação de espaços quando o Flamengo vai iniciar a sua fase ofensiva. Mas Willian Arão é o exemplo vivo de que um jogador pode se transformar. Com profissionalismo e humildade, evoluir e entender o caminho para render mais.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.