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Rodolfo Rodrigues

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

São Paulo de Ceni dá um nó tático no Palmeiras de Abel e põe a mão na taça

Calleri jogador do São Paulo comemora o gol marcado contra o Palmeiras pela final do Campeonato Paulista  - Marcello Zambrana/AGIF
Calleri jogador do São Paulo comemora o gol marcado contra o Palmeiras pela final do Campeonato Paulista Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Colunista do UOL

30/03/2022 23h45

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Com uma excelente atuação, o São Paulo bateu o Palmeiras por 3 x 1 nesta quarta-feira (30), no jogo de ida da final do Paulistão, no Morumbi, e se aproximou do bicampeonato — pode até perder por um gol de diferença no Allianz Parque no próximo domingo (4) para ganhar seu segundo estadual seguido em cima do rival.

Sem praticamente dar chance ao Palmeiras, o time de Rogério Ceni foi soberano durante 85 minutos. Apenas no final, quando levou um gol de Raphael Veiga numa jogada de bola parada, é que o tricolor sentiu o adversário acordar. A final foi basicamente jogo de um time só. O São Paulo, segundo as estatísticas do SofaScore, teve mais posse de bola (54% a 46%), mais finalizações (13 x 4), mais chutes certos (4 x 2) e acertou a trave de Weverton no primeiro tempo, num chute de Alisson.

Diferentemente do clássico da primeira fase, quando o Palmeiras começou o jogo pressionando e saiu na frente do placar bem cedo, dessa vez o São Paulo acertou o seu sistema defensivo. Não deu espaços para a principal jogada do Palmeiras (o contra-ataque) e controlou o jogo com mais posse de bola e acertos nos passes (teve um índice de 83% de acerto contra 77% do Palmeiras).

Mais ligado em campo e empurrado por 60 mil torcedores, o São Paulo chegou primeiro gol com um gol de pênalti (duvidoso) de Calleri nos minutos finais do primeiro tempo. Na segunda etapa, depois de ter perdido já algumas boas chances, o São Paulo fez 2 x 0 com o volante Pablo Maia, aos 19 minutos. Até ali, o Palmeiras não havia chegado uma vez ao gol de Jandrei. Aos 36 minutos, o argentino Calleri, em ótima noite, fez o terceiro gol, aproveitando uma sobra no segundo pau após cobrança de escanteio. E quase ainda chegou ao 4º gol depois disso, quando Calleri foi bloqueado.

Não fosse o gol de falta de Raphael Veiga, o são-paulino poderia ter saído do Morumbi com a certeza do bicampeonato após 30 anos. Pelo futebol apresentado pelo time de Ceni e pela excelente fase dos garotos de Cotia, dificilmente esse título paulista de 2022 vai escapar das mãos do São Paulo. Vitória maiúscula de único time que procurou vencer nessa primeira final. O Palmeiras, que havia vencido todos os clássicos na primeira fase e que estava invicto na competição, decepcionou demais e vai precisar jogar muita bola para reverter esse placar.

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