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Bélgica tropeça e se complica no grupo com 90 minutos de atraso
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A tragédia anunciada da Bélgica na estreia com placar "mentiroso" se concretizou contra Marrocos, que precisou trocar o goleiro entre a execução dos hinos nacionais e o apito inicial.
O treinador Roberto Martínez até agiu, reorganizando a equipe em um 4-3-3, encorpando o meio-campo com Onana no lugar de Tielemans e Thorgan Hazard na vaga de Carrasco. Este saindo como ala pela esquerda, deixando Castagne com Alderweireld e Vertonghen na saída de bola.
Com um maior preenchimento por dentro, os belgas tiveram mais posse e até finalizaram mais. Mantinha, porém, a impressão da vitória "enganosa" sobre o Canadá por 1 a 0: além de dificuldades técnicas, o aspecto físico chama atenção. Jogam uma rotação abaixo.
Armado em um 4-3-3, Marrocos fazia o óbvio: forçava pela direita com Hakimi e Ziyech, as estrelas da equipe. Mas incomodava também pela esquerda, com Boufal para cima de Meunier. Teve gol bem anulado, por interferência de um adversário que atrapalhou Courtois. Mas serviu de "ensaio".
Curiosamente, o primeiro gol de Marrocos saiu justamente no melhor momento da Bélgica na Copa, com Mertens no lugar de Eder Hazard, novamente se arrastando em campo. Mais volume e efetividade no ataque e dando trabalho ao goleiro El Kajouí.
Mas a falta pela esquerda cobrada por Sabiri, que entrara na vaga de Amallah, foi fechada e, desta vez, o zagueiro Saiss não entrou em impedimento para iludir Courtois, que falhou. E com o erro do pilar que vinha sustentando, a Bélgica afundou.
Martínez chegou a apelar para Lukaku, ainda sem condições físicas ideais, mas a equipe limitou-se a levantar bolas na área e ir cansando e fazendo transições defensivas ainda mais sofríveis.
Assistência de Ziyech, enfim pela direita, gol de Aboukhlal, que substituiu Boufal, para definir os 2 a 0. Pode até assustar o mundo e ser tratado como "zebra", mas para quem viu os jogos não foi surpreendente.
Com 90 minutos de atraso, a Bélgica tropeça e se complica no grupo. Justificando toda a sinceridade de Kevin de Bruyne, novamente com fraca atuação, sobre a indigência do desempenho de sua seleção. Dependendo do que acontecer em Croácia x Canadá, a situação no Grupo F pode ficar dramática.
Mas a pior notícia para os belgas é a penúria em todos os aspectos, especialmente na parte física. Não há como competir e contar com os milagres de Courtois é muito pouco.
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