Lakers fazem 4° período pífio e sofrem virada; Clippers vencem jogo repleto de brigas

O Los Angeles Lakers parece que não quer sair da crise que se instalou na equipe de Kobe Bryant desde o começo da temporada atual da NBA. Após três vitórias consecutivas, o time de Los Angeles voltou a perder na noite desta quarta-feira, e desta vez sofrendo uma virada "constrangedora": os Lakers chegaram ao 4° período do duelo contra o Phoenix Suns com 10 pontos de vantagem, mas começaram a errar demais, anotaram apenas 13 pontos no quarto e saíram derrotados por 92 a 86.

Nem a motivação extra de Steve Nash, que fez sua primeira partida em Phoenix após sair dos Suns ao fim da última temporada, nem novo jogo de Kobe Bryant sendo o líder em assistências da equipe adiantaram para que os Lakers continuassem sua recuperação na liga: agora, o time de Los Angeles está em 10° na conferência oeste, com 20 triunfos e 26 derrotas.

Nash teve fraca atuação no retorno a Phoenix: apenas 11 pontos (3 acertos em 8 arremessos) e duas assistências. Kobe foi o cestinha da equipe, com 17 pontos, e ainda teve 9 assistências. Mas ambos foram parados por uma rara grande atuação de Michael Beasley: segunda escolha no Draft de 2008, o ala rodou por Miami Heat e Minnesota Timberwolves antes de chegar aos Suns, mas nunca convenceu.

A fase dos Lakers é tão ruim que, na noite de quarta, Beasley anotou 27 pontos, recorde pessoal na temporada, além de ter feito a cesta da virada dos Suns, quando faltavam apenas 43 segundos para o fim da partida. 

"Essa noite foi um grande recuo para nós. Estávamos no controle da partida mas, simplesmente, não conseguimos fechá-lo", declarou Nash, que foi ovacionado pela torcida adversária assim que seu nome foi anunciado na escalação dos Lakers. Nash é considerado um dos maiores ídolos da história dos Suns, tendo levado a equipe a duas finais de conferência oeste.

Foi a oitava derrota consecutiva dos Lakers fora de casa, o que pode ser um problema decisivo para a campanha da equipe: os próximos sete jogos também serão como visitante.

Já a outra equipe de Los Angeles segue entre as melhores campanhas da liga. Dessa vez, os Clippers visitaram o Minnesota Timberwolves e, em um jogo extremamente físico e marcado por brigas, bateram os donos da casa por 96 a 90. O destaque ficou por conta do All-Star Blake Griffin, que anotou 26 pontos e pegou 13 rebotes, além de ser o principal responsável pela "troca de braçadas" que dominou o jogo de garrafão da partida.

Desde o começo, Griffin trocou empurrões com o montenegrino Nikola Pekovic (17 pontos e 12 rebotes, principal destaque dos Timberwolves), o que deixou o clima a partida pesado. Depois, foi seu companheiro de garrafão, DeAndre Jordan, quem resolveu usar a força para vence os duelos contra os pivôs adversários.

O clima entre os pivôs contagiou o resto dos jogadores, a ponto do ala Matt Barnes ser expulso da partida após brigar com Greg Stiemsma, ainda no segundo quarto. Após colisão entre ambos no ataque dos Clippers, Barnes devolveu com um empurrão no rosto de Stiemsma em ataque dos Wolves.

No lance seguinte, Stiemsma derrubou Grant Hill em uma disputa por rebote, e foi agarrado por Caron Butler e Ronny Turiaf. A troca de empurrões seguiu próximo ao banco de reservas dos Clippers, com Butler chegando a acertar o cotovelo no pescoço de Pekovic, o que fez com que os árbitros parassem a partida para acalmar os ânimos. Butler e Turiaf receberam faltas flagrantes.

Apesar disso, os Clippers souberam se manter a frente do placar até o final e seguem na cola de Oklahoma City Thunder e San Antonio Spurs na conferência oeste. Já os Timberwolves, que sofrem com contusões e, atualmente, estão sem o ala-pivô Kevin Love, seu principal jogador, seguem em crise e afundam na tabela, caindo para a 12ª posição.

"Temos um bom time, com bons jogadores. Mas precisamos ser mais duros. Temos que trabalhar nisso, precisamos parar de ser tão legais", disse J.J. Barea após a derrota dos Wolves.