Após ouro, Fabiana Murer tem noite mal dormida e dia de entrevistas

Ser campeã mundial não é fácil. Não só pela dificuldade de chegar a conquista, em si, mas também pelos compromissos pós-título. E a saltadora Fabiana Murer tem sentido isso na pele. Depois de tornar-se a primeira brasileira a ganhar o ouro em Mundial, em Daegu, na Coreia do Sul, na terça-feira, Fabiana dormiu pouco. Foram pouco mais de três horas de sono, e às 7h já estava acordada.  Tomou café da manha e fez uma sessão de fisioterapia.

Depois, concedeu diversas entrevistas e respondeu às mais diversas perguntas. Sobre a prova, a marca que deu o título (4,85m), os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara (MEX), a Olimpíada de Londres (ING). Mas, em meio a tudo isso, Fabiana admitiu estar ansiosa para receber a medalha de ouro conquista, o que está previsto para acontecer na quinta-feira, por volta das 19h45 (7h45 de Brasília).

"Estou ansiosa para a cerimônia de premiação. É emocionante só de pensar, é a primeira vez que vamos ouvir o Hino Nacional numa cerimônia de premiação num Mundial de Atletismo", lembrou a campeã.  No pódio, ela estará acompanhada de Martina Strutz, da Alemanha, Svetlana Feofonova, da Rússia.

Fabiana Murer ainda achou tempo para pensar no feito conseguido e já começar a planejar o restante da temporada. "Vou me preparar para Zurique. Depois, descansar um pouco e voltar aos treinos para o Pan", afirmou a saltadora, referindo-se à etapa na Suíça da Diamond League, no qual busca o bicampeonato.

Nos agradecimentos, Fabiana dedicou o ouro a todas as pessoas que estão a sua volta, envolvidas com a preparação e treinamentos. "Pude evoluir porque teve quem acreditou em mim. E pude chegar a este nível profissional porque investiram em mim. Foi o trabalho do Elson Miranda (técnico), do Vitaly Petrov (técnico), da Confederação, da equipe, dos patrocinadores", finalizou.