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Grupo de amigos cria projeto que alimenta 3,6 mil famílias em cidade de GO

Grupo começou atendendo uma família e hoje 100 voluntários levam comida e escuta a centenas - Arquivo pessoal
Grupo começou atendendo uma família e hoje 100 voluntários levam comida e escuta a centenas Imagem: Arquivo pessoal

Ed Rodrigues 

Colaboração para Ecoa, do Recife 

04/04/2022 06h00

Uma associação sem fins lucrativos criada por amigos já alimentou 3,6 mil famílias em situação de vulnerabilidade social em Goiás. O projeto, que iniciou os trabalhos em 2017, se viu obrigado a redobrar o esforço ao perceber que a pandemia da covid-19 atingiu em cheio essa população, ampliando a fome. O Amigos Contra a Fome passou a auxiliar moradores de Rio Verde com cestas básicas semanalmente.

Segundo Victor Leão, advogado e um dos fundadores do projeto, os amigos se uniram inicialmente para promover uma campanha chamada Natal para Todos. A meta era ajudar ao menos uma família por semana com alimentos ou cesta básica no período.

Com o passar dos anos, a quantidade de pessoas que necessitavam de auxílio foi aumentando de forma exponencial e tudo se agravou ainda mais com a pandemia. "A partir de então, e em virtude da grande quantidade de novos pedidos, pensamos em uma forma de conseguir doações da comunidade rio-verdense que possibilitassem garantir o auxílio semanal de mais famílias", contou.

O grupo organizou um mecanismo de arrecadação de recursos e de alimentos que alcança doadores por meio das redes sociais. Victor explica que a equipe compra os produtos em atacado e monta os kits todas as segundas-feiras.

Auxílio fraterno e espiritual

Amigos Contra a Fome - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Amigos buscam a doação de um terreno da prefeitura para o projeto ter sede própria
Imagem: Arquivo pessoal

Atualmente, o projeto conta com a ajuda de cerca de 100 voluntários. O grupo é dividido em departamentos, nos quais cada um assume as responsabilidades conforme as tarefas e necessidades. Nas quartas-feiras, define-se a rota de entrega e os voluntários se dividem na distribuição. O advogado ressalta que, durante as visitas, os voluntários também prestam auxílio fraterno e espiritual.

Nesses encontros, a equipe confirma as informações sobre a quantidade de membros que trabalham, quantidade de pessoas em casa, se recebem algum benefício do governo, se moram de aluguel ou casa própria e, assim, classifica as famílias de acordo com a situação vivenciada: estável, delicada ou crítica.

"A maioria das famílias auxiliadas compreende pessoas que saíram de outros estados ou cidades em busca de condições melhores. E mesmo estando em situações precárias em nossa cidade, ainda assim elas relatam que a situação é melhor do que a de onde vieram", disse o advogado.

Poder ajudar a aliviar a fome dessas famílias é o que motiva os voluntários do Amigos Contra a Fome. "É um sentimento de pura gratidão a Deus e ao mestre Jesus pela saúde e oportunidade de podermos servir como instrumentos do amor", disse.

"Nós, voluntários, somos apenas uma ponte entre os doadores e as famílias que são auxiliadas. Apenas doamos um pouco do nosso tempo para tentarmos levar um pouco do amor que aprendemos com Jesus, dando carinho e atenção àqueles que muitas vezes são esquecidos", acrescentou.

O fundador adiantou a Ecoa que o projeto está organizando a documentação para solicitar a doação de um terreno da prefeitura da cidade para que seja construída uma sede própria. "Queremos oferecer cursos profissionalizantes, esportes, aulas de música, evangelização ecumênica, sopa etc.", concluiu.

Para conhecer o trabalho, é só acessar o perfil do projeto no Instagram. Doações em dinheiro podem ser feitas por PIX: 32.163.991/0001-10 (chave-CNPJ).