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Investidor bilionário pressiona McDonald's pelo fim de maus tratos a suínos

Carl Icahn participa de painel do New York Times em 2015 - Neilson Barnard/Getty Images/AFP
Carl Icahn participa de painel do New York Times em 2015 Imagem: Neilson Barnard/Getty Images/AFP

Camilla Freitas

De Ecoa UOL, em São Paulo (SP)

22/02/2022 12h26

Investidor bilionário e ativista, Carl Icahn indicou dois nomes para concorrer a cadeiras na administração do McDonald's e possui 200 ações da rede de fast food. Agora, ele quer usar sua participação na companhia como forma de impedir maus tratos aos suínos.

Em entrevista a jornal do canal Bloomberg, o investidor se disse preocupado com o uso de cativeiros para fêmeas de suínos na cadeia de produção do McDonald's. "Eu realmente me sinto emocionado com esses animais e com o sofrimento desnecessário que os fazem passar".

Conhecida como "gaiola gestacional", a prática de alojar fêmeas de suínos em pequenos espaços tem como objetivo alimentá-las de forma individualizada e impedir que os animais briguem. "Essa é uma situação horrível, obscena", disse Carl Icahn, considerado a 111ª pessoa mais rica do mundo segundo ranking da "Forbes" com um patrimônio de R$ 16,8 bilhões.

Há cerca de 10 anos, o McDonald's se comprometeu a não mais comprar carne suína de produtores que usam as gaiolas de gestação. O investidor, contudo, afirma que isso não foi cumprido.

Segundo o jornal americano CNBC Television, a rede de fast food afirmou que espera que 85% a 90% de sua carne suína seja de fornecedores que não usam gaiolas até o final deste ano. A promessa é de que chegue a 100% até 2024.

Assista abaixo à entrevista (em inglês):