Projeto audiovisual capacita jovens na periferia de SP durante a pandemia
Kaique Gomes, de 21 anos, é apaixonado por fotografia, mas nunca havia conseguido oportunidades para explorar essa paixão e aprender mais sobre ela. Foi por meio do projeto Paracine que Kaique pode ter seu primeiro contato com a área.
O projeto foi criado em 2020, durante a pandemia de covid-19, por Victoria Almeida, de 20 anos, estudante de Relações Públicas, produtora cultural, audiovisual, comunicadora e artista; Michael Eduardo, 23 anos, videomaker, diretor de fotografia, ator e multiartista; e Deibi Maciel, 20 anos, roteirista e estudante de cinema, todos moradores da comunidade de Paraisópolis.
O Paracine foi idealizado a partir da Ser Produções, primeira produtora audiovisual na quebrada, e começou a promover aulas em 2021, com o patrocínio do edital VAI (Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais), que apoia financeiramente coletivos culturais da cidade de São Paulo.
Foi a partir de uma reflexão e necessidade que o Paracine foi criado, já que a comunidade ainda não tinha nenhum projeto de audiovisual que pudesse profissionalizar os jovens e incentivar a produção.
As aulas acontecem todos os domingos no espaço cedido pelo Programa Einstein na Comunidade. São realizadas oficinas teóricas e práticas, que vão desde à elaboração do roteiro, mixagem de som, iluminação, fotografia, até a edição. No final do curso os jovens produzem um curta-metragem.
Até o momento, o coletivo já formou 3 turmas, sendo 30 jovens no total. E Kaique foi um dos que passaram pelo curso. Para ele, essa oportunidade fez com que ele pudesse enxergar o audiovisual como ferramenta de transformação. "Eu sempre considerei a área de produção de audiovisual uma ferramenta muito forte de expressão, porque é uma área em que você é livre para passar a mensagem que quiser para as pessoas", comenta.
Depois que Kaique passou pelo projeto, ele foi convidado a dirigir os conteúdos de outro projeto na comunidade. "Foi a partir desse convite que consegui colocar em prática o que foi aplicado durante o curso, com isso conheci talentos em mim que nem imaginava que existiam, se não fosse o Paracine e suas aulas talvez nem surgiria essa oportunidade", diz.
O Paracine tem sido um espaço para que os jovens se fortaleçam e consigam expor ao mundo suas ideias, filosofias de vida e transformação social. Além das oficinas, o coletivo também promove sessões de cinema na comunidade, nas quais os produtores independentes enviam seus filmes para exibição, que acontece de forma gratuita.
Segundo a equipe do coletivo, o impacto na vida dos jovens tem sido essencial para que a juventude acredite em seu potencial. "Todos os coletivos presentes na periferia podem se unir e transformar tudo isso em potencialidade. Esse é, e sempre foi, o nosso foco. Nós nos sentimos felizes em fazer parte da vida e dos sonhos da juventude de nossa comunidade", diz Kaique.
Para conhecer, participar ou apoiar o Paracine, acesse a página do projeto no Instagram.
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