Justiça japonesa estende detenção de Carlos Ghosn até 22 de abril
Resumo da notícia
- Tribunal rejeitou recurso da defesa do executivo
- Prazo para prisão expirar era domingo (14)
- Defesa considera 4ª prisão "ilegal"
- Ex-chefe da Nissan é suspeito de desviar R$ 19,4 milhões
O Tribunal Distrital de Tóquio disse nesta sexta-feira que prorrogou período de detenção de Carlos Ghosn por oito dias, dando aos procuradores até 22 de abril para apresentar acusações formais contra o ex-chefe da Nissan ou libertá-lo.
Ghosn foi preso pela quarta vez na semana passada, sob suspeita de ter tentado enriquecer às custas da Nissan, no valor de US$ 5 milhões (cerca de R$ 19,4 milhões na conversão direta).
Ele também está aguardando julgamento por outras acusações de má conduta financeira e violação de confiança. Ghosn, que foi libertado sob uma fiança de US$ 9 milhões (R$ 34,9 milhões) no início de março, depois de passar 108 dias na prisão, negou todas as acusações contra ele.
O período inicial de detenção de Ghosn estava previsto para expirar no domingo (14), e era amplamente esperado que fosse prorrogado por no máximo dez dias. A emissora pública NHK disse que é raro que o pedido de prorrogação total dos promotores seja negado e encurtado.
A equipe de defesa de Ghosn lançou uma batalha pública feroz contra os procuradores de Tóquio, chamando a última prisão de "ilegal" em documentos vistos pela "Reuters".
Mais tarde, nesta sexta-feira, um tribunal rejeitou a apelação da equipe de defesa contra a prorrogação, o que significa que a equipe pode ter que fazer um novo pedido de fiança se Ghosn for indiciado por novas acusações no final de sua nova detenção.
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