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Como é feita a clonagem de carros? Plano do PCC envolvia procedimento

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Lais Seguin

Colaboração para o UOL, em São Paulo

24/03/2023 04h00

Além de um ataque ao senador Sérgio Moro (União Brasil), o PCC também planejava matar o delegado da PF (Polícia Federal), Elvis Secco. Para isso, alguns dos integrantes da facção criminosa usariam caminhonetes clonadas da PF.

As técnicas para isso são diversas, como falsificar e adulterar a numeração da placa, do chassi e a gravação nos vidros, como explicou o colunista do UOL Carros, Felipe Carvalho. Tudo de forma a simular um veículo oficial e com o intuito de passar despercebido perante à população em geral.

Há alguns casos em que a prática da clonagem envolve adesivar o veículo com a mesma padronização de símbolos utilizados em viaturas oficiais das polícias militar, civil e federal, como aconteceu em 2019, no Aeroporto de Guarulhos.

A clonagem de carros é um crime previsto no art. 311 do Código Penal. O ato consiste em reproduzir as características de um veículo que se encontra em situação regular, em um outro carro que está ilegal, como um roubado, por exemplo.

Como saber se o meu carro foi clonado?

Caso receba alguma notificação de uma multa de trânsito cuja infração não cometeu, em um lugar que não trafega ou nunca trafegou, ou até mesmo pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação), é preciso ficar atento.

De acordo com o colunista do UOL Carros, Gustavo Fonseca, os motivos por trás da clonagem são diversos, mas é mais comum a intenção de burlar a fiscalização de trânsito.

Quando o veículo tem apenas um condutor é mais fácil identificar ser vítima desse crime, mas é possível saber nas imagens recebidas em multas por excesso de velocidade, por exemplo.

Como saber se eu comprei um carro clonado?

Fonseca recomenda que não sejam feitos negócios diretamente com o proprietário, e sim em uma concessionária. Veículos a venda por um preço muito inferior ao valor de mercado merecem atenção.

Também é importante pesquisar a placa do carro no site do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), do estado em que ele está sendo vendido. Peça sempre o CRLV e o CRV originais.

A numeração do chassi, geralmente localizada do assoalho do carro, também pode ser alterada. Uma dica de Fonseca é passar um pouco de removedor de esmalte sobre os números. Se a tinta sair com facilidade, é um grande indício de falsificação.

Que medidas tomar se o carro foi clonado?

É necessário levar os documentos do veículo e recibos de compra para as autoridades em uma delegacia. No local, registrar um boletim de ocorrência.

Feito isso, o condutor precisa ir até o Detran do seu estado, com o registro de ocorrência em mãos e apresentar RG, CPF, CRLV, CRV, laudo de vistoria e se houver, as multas recebidas pelo veículo clonado.

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