Mercedes Sprinter Street traz conforto de carro em veículo de trabalho

Faz quase três anos que a atual geração da Mercedes-Benz Sprinter está nas ruas. A geração atual estreou no fim de 2019 e trouxe comodidades antes restritas aos automóveis de passeio da marca, como a central multimídia MBUX. Recentemente, a gama Sprinter ganhou o novo motor OM 654, que promete entregar mais desempenho e economia de combustível.

UOL Carros avaliou a versão Street, única da gama que pode ser conduzida por qualquer motorista com carteira de habilitação do tipo "B" - a mesma exigida para dirigir um automóvel de passeio. Isso acontece por conta do peso bruto total (ou simplesmente PBT) não ultrapassar os 3.500 kg.

Mais potência e economia

Em vez do antigo 2.2 turbodiesel, a Sprinter agora usa um 2.0, também turbodiesel, de 150 cv e 34,7 kgfm de torque máximo. A engenharia adotou bloco de alumínio e turbina de geometria variável. Frente ao modelo anterior, o ganho foi de 7 cv e 1 kgfm.

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Segundo a fabricante, além da melhoria no desempenho, o novo conjunto resulta em uma economia de combustível de até 6% no perímetro urbano, podendo chegar a 11% no ciclo rodoviário.

Além de ficar mais longe do posto de combustível, a Sprinter também entrega uma condução mais suave. O câmbio manual de seis marchas traz engates precisos e o isolamento acústico na cabine é bom.

Cabe muita coisa

A unidade cedida para teste foi a 350 CDI com teto alto e carroceria longa, cuja área útil de carga chega a 9 m3. Na mesma configuração fornecida pela Mercedes-Benz, incluindo o pacote Hi Tech, a Sprinter sai por R$ 261.100.

O acesso ao compartimento de carga é realizado por meio de uma porta corrediça do lado direito ou pelas portas traseiras. Falando nelas, o ângulo de abertura pode chegar a 270 graus, ampliando a área disponível para embarque ou desembarque de cargas grandes.

Dentro, existem ganchos para fixação da carga no assoalho. Não há acabamento, mas as chapas metálicas já possuem pontos para instalação de revestimentos.

Desviando das árvores

Se a versão Street pode ser conduzida por qualquer motorista habilitado e está livre de restrições de circulação, por outro dirigir uma van tão grande (são quase 6 metros de comprimento) exige cautela redobrada. Além disso, o teto alto demanda cuidado com árvores e obstáculos que possam danificar o veículo.

A direção com assistência elétrica ajuda no dia-a-dia, mas difícil é realizar manobras em marcha a ré, já que a visão é prejudicada pelas dimensões generosas.

Felizmente, existe a opção de câmera traseira para facilitar as manobras - desde que o comprador encomende o pacote Hi Tech. Além desse importante item, a van ganha a central multimídia MBUX, volante multifuncional e piloto automático.

Além disso, a partida do motor é realizada por meio de um botão - o mesmo utilizado nos automóveis de passeio da Mercedes. Existem outras peças vindas dos carros da empresa, como a haste de seta, as saídas de ar-condicionado, as maçanetas internas e até a chave presencial.

Mesmo que não opte pela configuração "completona", o frotista não levará um veículo pelado. A Sprinter agrada por trazer um importante pacote de itens de segurança, que inclui alerta de colisão frontal, frenagem autônoma de emergência, sensor de fadiga, assistente de partida em rampas, controles de estabilidade e de tração e sistema de estabilização contra ventos laterais, entre outros equipamentos.

Vale a pena?

Sim. Se antes a Sprinter já despontava como uma das melhores opções da categoria, a nova motorização deve atrair mais clientes. Além de entregar mais desempenho e médias de consumo mais comedidas, a van da Mercedes-Benz também se torna uma compra interessante por sua liquidez no mercado.

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