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Detector de buracos? Veja 5 tecnologias que já estão em testes para carros

Reinaldo Canato/UOL
Imagem: Reinaldo Canato/UOL

Fernando Garcia

Colaboração para o UOL

22/04/2022 04h00

Quando pensamos em carros do futuro, pensamos em veículos autônomos e elétricos que vêm aos poucos ganhando espaço nas grandes cidades. Mas não é só isso. Algumas tecnologias também têm sido testadas e devem ganhar os veículos nos próximos anos.

Confira quatro novas tecnologias que estão perto de chegar ao seu carro.

Para-sol inteligente

Em países com climas tropicais e de forte incidência de sol como o Brasil, em especial as regiões Norte e Nordeste, utilizar com frequência o para-sol dos veículos é algo imprescindível para motoristas. Por outro lado, usar o acessório acaba comprometendo a segurança dos ocupantes, já que diminui o campo de visão.

Pensando nessa deficiência, empresas da área automotiva como a Bosch estão desenvolvendo um para-sol eletrônico que diminui os riscos de acidentes. Denominado como Virtual Visor, ou Viseira Virtual, o equipamento consiste em uma tela de LCD com uma câmera focada para o rosto do motorista.

Seu funcionamento usa a inteligência artificial para localizar, analisar e identificar os pontos do rosto do motorista onde há incidência do sol e, nesse momento, o dispositivo escurece só aquela seção da tela através da qual a luz do sol brilha nos olhos, deixando o resto da viseira transparente.

De acordo com a multinacional alemã que está desenvolvendo o sistema, o sol é o maior causador de acidentes de carros em razão da cegueira temporária em comparação com qualquer condição relacionada ao clima.

Detector de buracos

Apesar de a patente do detector de buracos ter sido realizada pelo Google em 2015, não foi ele o pioneiro no desenvolvimento, pois a Jaguar Land Rover já havia anunciado há pouco mais de dois meses antes um projeto parecido.

Seja como for, o do Google possui um mecanismo que conta com dois sensores integrados - um GPS e um acelerômetro vertical - e, sendo assim, toda vez ao passar por cima de um buraco a informação é repassada e armazenada por um software e enviada à nuvem, com o objetivo de orientar os demais motoristas a evitarem de passarem pela imperfeição na pista.

Outra empresa que está estudando um projeto parecido é o Instituto Coreano de Engenharia Civil e Tecnologia de Construção (KICT). O mecanismo foi projetado para ser instalado no para-brisa dos automóveis e conta com o mesmo propósito das outras duas empresas: detectar os buracos nas superfícies das rodovias em tempo real.

A tecnologia, além de possibilitar de ser usado em qualquer tipo de veículo, poderá também ser utilizada em automóveis pessoais e até mesmo câmeras de smartphones, o que ajudará autoridades governamentais regionais a rastrear as vias danificadas, o que comumente já é feito com a ajuda de funcionários que inspecionam regularmente esses pavimentos.

Biometria

Esse sistema de reconhecimento pessoal já é utilizado para senhas em bancos, smartphones e entradas de portaria, mas seu uso nos veículos ainda está em estudo. Ela é capaz de reconhecer a impressão digital de cada pessoa cadastrada no sistema e futuramente poderá até substituir as tradicionais chaves bastando apenas usar um dedo.

Durante a CES 2022, maior feira de tecnologia e eletrônicos que aconteceu em janeiro último, empresas revelaram seus projetos com base detecção biométrica por meio da inteligência artificial (IA). A Mercedes-Benz mostrou, por exemplo, novos detalhes sobre os recursos de infoentretenimento do protótipo VISION EQXX.

Nos carros que são compartilhados entre familiares ou amigos e até de assinatura de carros e locadoras, por exemplo, ao identificar a biometria, o sistema ajustará a posição programada de bancos, espelhos e temperatura. Indo até mais longe, a biometria poderá monitorar os condutores com batimentos cardíacos, por exemplo, identificando um possível mal súbito e chamando uma ambulância até o local.

Pintura resistente a riscos

Ainda em fase de desenvolvimento e que logo poderá chegar às indústrias é a tinta automotiva que não é danificada com riscos ou intempéries. Dessa maneira, qualquer influência térmica ou sonora poderá facilmente ser interrompida impedindo-a de invadir o habitáculo do veículo.

Pesquisadores do Centro de Inovação e Tecnologia (CIT) do SENAI FIEMG de Belo Horizonte, em Minas Gerais, por exemplo, vem buscando e desenvolvendo uma tinta automotiva resistente a qualquer agente que possa danificar a superfície pintada com a tinta especial.

A técnica anti-risco ainda depende de novos estudos e aperfeiçoamentos, e, logo, poderá ser uma realidade. Imagine o benefício que isso trará nas grandes cidades litorâneas onde a maresia costuma castigar a lataria destes veículos e também nas estradas.