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Terror dos seguros: 5 tipos de motoristas que sofrem para conseguir apólice

O valor final do seguro automotivo considera diversos fatores, como idade, gênero e estado civil - Foto Shutterstock
O valor final do seguro automotivo considera diversos fatores, como idade, gênero e estado civil Imagem: Foto Shutterstock

Paula Gama

Colaboração para o UOL

17/02/2022 04h00

A regra é clara: quanto maior o risco, mais alto será o valor do seguro automotivo. Antes de fechar negócio, a maioria das seguradoras do mercado fazem uma avaliação do perfil do cliente.

São feitas perguntas sobre a idade, estado civil, endereço, uso do veículo e região de circulação. Mas os dados vão além de um simples cadastro: eles determinam se a contratada confia ou não em você, e impactam diretamente no valor cobrado.

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O valor final do seguro automotivo considera diversos fatores, mas é possível identificar alguns perfis de motoristas que, inevitavelmente, vão ter que desembolsar mais dinheiro para dormir tranquilo. Confira cinco deles.

1- Jovens e recém-habilitados

A seguradora Rodobens explica que o setor entende que, quanto mais experiência o motorista tiver no volante, menores serão os riscos de se envolver em um acidente e maior será a responsabilidade no trânsito.

"Por isso, os motoristas com mais de 25 anos de idade são favorecidos com preços mais baixos na contratação do seguro. O tempo de habilitação também entra nessa conta e vale para quem tem a carteira de motorista há mais de cinco anos. Por fim, não basta ser mais velho, pois se uma pessoa com idade entre 18 e 25 vive com você, isso também pode ser considerado no perfil no seguro auto e encarecer a contratação."

2- Motoristas que estacionam o veículo na rua

Segundo José Varanda, coordenador de Graduação da Escola de Negócios e Seguros (ENS), não ter garagem em casa ou no trabalho também é determinante para um seguro com preço mais salgado.

"O local de guarda do veículo é um fator de diferenciação no cálculo. Veículos cujo proprietário não possui garagem fechada na residência, no local de trabalho ou na instituição de ensino têm maior incidência de custo", esclarece o especialista.

Varanda também afirma que a região de circulação, se é uma área de risco ou não, também é um fator considerado na precificação do seguro automotivo.

3- Homens jovens, solteiros ou divorciados

Varanda informa que cada seguradora adota critérios diferentes na análise de risco do proponente quando se trata de gênero e estado civil, mas existe um conceito bastante difundido de que mulheres são mais cautelosas ao volante, se envolvem em menos acidentes e, normalmente, os danos causados são menores do que em ocorrências com motoristas do sexo masculino.

"Nessa linha de raciocínio, elas pagariam menos que os homens na contratação do seguro auto. Mas em alguns casos, essa diferença depende da faixa etária. Nas modelagens matemáticas para composição de tarifas e preços, algumas companhias entendem que mulheres apresentam melhores prêmios de risco entre pessoas de 18 a 28 anos. De 28 a 65, não haveria diferença significativa e a partir de 66 a mulheres apresentam risco pior", diz o especialista.

Ele também pondera que o estado civil influencia no cálculo. Por exemplo: solteiros e divorciados (ou separados), em geral, têm um custo mais alto que casados ou em união estável.

4- Motorista que utilizam o veículo mais do que o normal

O professor da Escola de Negócios e Seguros informa que o tipo de utilização do veículo também influencia no preço. Se for para uso comercial, táxi ou aplicativo, por exemplo, o cálculo é agravado.

A Loovi, empresa de rastreamento e monitoramento veicular, afirma que os hábitos que o motorista tem com o veículo também são considerados, inclusive se ele viaja demais.

5- Donos de carros "visados"

A Loovi explica que a marca e modelo do carro podem chamar mais atenção dos ladrões. "Existem alguns veículos que são mais visados por eles, por isso as seguradoras cobram um valor mais alto no seguro para eles."

Para melhorar a situação, uma solução é instalar equipamentos como alarme, rastreador ou bloqueador do veículo em caso de roubo.

Não vale mentir

Varanda alerta que mesmo que o perfil do cliente se enquadre entre os que pagam mais, ainda é mais vantajoso falar a verdade do que mentir.

"Declarações falsas, inexatas ou omissão de informações que possam influenciar no cálculo do seguro e na análise do risco pela seguradora podem gerar a negativa de indenização, em caso de sinistro, e até o cancelamento da apólice", finaliza o professor.

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