Alpine: como marca 'desconhecida' fez Renault trocar de nome na Fórmula 1
Nesta semana, a Renault anunciou que vai trocar o nome da respectiva equipe no Mundial de Fórmula 1, que a partir da próxima temporada passará a se chamar Alpine e exibirá as cores azul, branca e vermelha da bandeira da França.
A maioria dos brasileiros desconhece esse nome, que está intimamente conectado ao mundo das competições e traz no DNA um passado de vitórias.
A direção da Renault espera que, ao rebatizar a escuderia e trazer Fernando Alonso de volta ao cockpit, possa voltar a vencer na categoria.
Atualmente, a Alpine é uma submarca da Renault que renasceu em 2017, com o lançamento da versão modernizada do Alpine A110.
Adquirida em 1973 pela Renault, a Alpine foi fundada em 1955 por Jean Rédélé, filho do proprietário de uma concessionária Renault destruída durante a Segunda Guerra Mundial, na cidade francesa de Dieppe.
Morto em 2007, Rédélé começou a participar de competições em 1950, pilotando um Renault 4CV modificado. Na época, já tinha assumido o negócio do pai, reerguido a partir de ruínas.
Nos primeiros anos daquela década, ele obteve resultados expressivos em competições como o Rali de Monte Carlo, a Mille Miglia e a Tour de France.
Em 1955, ele lançou o primeiro modelo da sua recém nascida empresa, construído sobre a plataforma do 4CV e trazendo carroceria de poliéster: era o Alpine A106.
Depois veio o Alpine A108, que até ganhou uma versão brasileira: o Willys Interlagos.
Porém, sua criação mais famosa é o A110, nascido em 1962 e que há três anos ganhou uma releitura, comercializada na Europa e em outros mercados.
O A110 original sempre foi equipado com motores emprestados de carros da Renualt, como Dauphine e Gordini, com potências variando entre 50 cv e 140 cv.
Entre 1967 e 1976, esse modelo dominou as competições francesas e teve conquistas importantes, como o título de construtores do Mundial de Rali em 1973. Também foi vitorioso em provas icônicas como o Rali de Monte Carlo.
Em 1977, o A110 e sua carroceria de estilo "berlineta" deixava de ser produzido, porém a Alpine seguiu ativa até 1995. Nesse período, lançou modelos como A310, GTA e A610.
Como é o novo Alpine
O novo nome da equipe da Renault na F1 também é uma forma de trazer mais visibilidade para a Alpine como submarca de automóveis de passeio, após rumores de que a operação seria novamente interrompida por conta das baixas vendas.
Luca de Meo, o novo CEO global da Renault, tratou de acabar com as especulações e garantiu a sobrevivência da subsidiária - ele, inclusive, elevou seu status no grupo automotivo, ao rebatizar o time na Fórmula 1.
Em sua nova fase, a Alpine mantém a fábrica em Dieppe, modernizada por meio de investimento superior a 35 milhões de euros (R$ 218 milhões no câmbio de ontem).
Atualmente, a linha produz um só carro, disponível em cinco versões ou séries especiais, com preços sugeridos começando em 57 mil euros (R$ 356 mil) e chegando a 71 mil euros (R$ 444 mil).
O novo A110 mantém o porte compacto, a leveza e a mecânica com cilindrada relativamente baixa.
Com apenas dois lugares, o cupê traz motor 1.8 turbo instalado na traseira entre os eixos, para melhor distribuição de peso.
O chassi monobloco e a carroceria são feitos de alumínio, proporcionando peso de 1.365 kg em ordem de marcha.
Na configuração mais "mansa", o propulsor de quatro cilindros com injeção direta de gasolina, gerenciado pela transmissão de dupla embreagem com sete marchas, rende 252 cv de potência e 32,6 kgfm de torque.
Com esse conjunto, informa a Alpine, o A110 sai da imobilidade e atinge 100 km/h em 4,5 segundos.
As configurações mais caras elevam a potência a 292 cv com o mesmo motor, mantendo o toque inalterado. Nelas, o zero a 100 km/h acontece em 4,4 segundos.
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