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Montadoras europeias comemoram acordo comercial com o Mercosul

União Europeia exportou 73 mil veículos para os quatro países do Mercosul em 2018, ou seja, 2,2% do mercado - Divulgação
União Europeia exportou 73 mil veículos para os quatro países do Mercosul em 2018, ou seja, 2,2% do mercado
Imagem: Divulgação

Em Bruxelas (Bélgica)

01/07/2019 17h01

Resumo da notícia

  • Acordo prevê venda futura de carro europeu ao Brasil sem tributos
  • Associação diz que fabricantes europeus podem "aproveitar redução de tarifas"
  • Há potencial de crescimento na indústria automotiva europeia, avaliam montadoras

A ACEA (Associação dos Fabricantes Europeus de Automóveis) elogiou hoje (1º) a conclusão das negociações de um acordo comercial entre a União Europeia e os países do Mercosul, anunciada última sexta-feira.

"Há um potencial real de crescimento na indústria automotiva da UE, levando em conta o tamanho do mercado do Mercosul, tanto em termos de população quanto de PIB", declarou Erik Jonnaert, o secretário-geral da ACEA, por meio de comunicado.

Fabricantes europeus podem, segundo a ACEA, "aproveitar a redução de tarifas" nos países do Mercosul, que atualmente chegam a 35% para os automóveis.

A UE exportou, em 2018, 73 mil veículos para a região, ou seja, 2,2% do mercado.

No total, 234 mil carros foram importados pelo Mercosul de outros países, o que representa cerca de 8% do mercado. Cerca de 3,3 milhões de novos veículos foram vendidos no ano passado nos quatro países do Mercosul.

Para chegar a um acordo com a UE, o Mercosul concordou em abrir suas portas à indústria europeia, principalmente a seus carros, mas também aos produtos químicos e farmacêuticos.

No entanto, a UE fez grandes concessões no setor agrícola, uma vez que fornecerá acesso a seu mercado a quatro países que estão ansiosos para vender açúcar, etanol, aves e carne bovina.

Essas concessões fizeram os agricultores europeus reagirem, denunciando a concorrência desleal.

O acordo é igualmente criticado por ambientalistas e ONGs por causa de suas consequências consideradas negativas para o meio ambiente.

Antes de entrar em vigor, o acordo deve ser validado pelos Estados, tanto na Europa como na América do Sul, o que pode levar tempo.

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