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Sem Frescura: sempre que o nariz escorre é sinal de que algo está errado?

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Gabriela Ingrid

De VivaBem, em São Paulo

05/10/2020 04h00

Você é do tipo que já acha que está doente só porque seu nariz começou a escorrer? Olha, é normal ter esse tipo de dúvida, especialmente porque a gente associa esse muco a doenças como gripe, sinusite e outros.

Mas será que sempre que o nariz escorre é sinal de que algo está errado?

A resposta é: não. Aliás, a presença do muco é mais normal do que se pensa. O corpo humano produz de um a dois litros dele todos os dias.

Essa secreção serve, entre outras coisas, para umidificar o ar que a gente respira e também reter impurezas e evitar que elas cheguem ao pulmão.

E por causa dessa função de "limpeza", o corpo produz automaticamente mais muco quando percebe que tem algum corpo estranho no nariz, como vírus, bactérias e agentes irritativos. O intuito com isso é fazer com que o muco funcione como "transporte" desses corpos estranhos para fora do nariz.

Algumas situações também podem fazer com que a produção de muco seja desencadeada. Em algumas pessoas, por exemplo, o nariz escorre ao se comer alimentos muito quentes ou condimentados. É a chamada rinite gustativa que, geralmente, acontece por causa de um desequilíbrio neural, uma confusão do corpo que acaba produzindo o muco "na hora errada".

Para saber se o nariz escorrendo é algo normal ou sintoma de um problema, o melhor a se fazer é observar sintomas paralelos. No caso da rinite alérgica, por exemplo, há sintomas como espirros e obstrução nasal.

Já quando temos uma gripe, há um mal-estar físico e até mesmo febre. No caso de sinusite, dor de cabeça também é um sintoma comum.

A cor do muco também pode indicar que algo não está bem. Se ele não estiver transparente e apresentar cor amarelada ou esverdeada, pode ser sinal de problemas mais sérios. Nesse caso, é bom procurar um médico para que sejam feitos exames e definido um tratamento adequado.

Roteiro: Rodrigo Lara. Fontes: Eduardo Bogaz, otorrinolaringologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo; Claudia Eckley, otorrinolaringologista do Fleury Medicina e Saúde; Daniel Destailleur, otorrinolaringologista do Hospital Santa Catarina (SP); Márcio Salmito, otorrinolaringologista da unidade Campo Belo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP) e Fernanda Wiltgen Machado, otorrinolaringologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.