Sem dados do RJ, Brasil tem 484 mortes por covid em 24 horas

O Brasil registrou hoje 484 mortes de covid-19, totalizando 591.518 óbitos desde o início da pandemia. Porém, o Rio de Janeiro, um dos estados com maior número de óbitos, não divulgou seus dados até as 20h de hoje. Os dados foram obtidos pelo consórcio dos veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, com base nas informações das secretarias estaduais de saúde.

A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro não informou o motivo pelo qual não divulgou seus dados de casos e mortes hoje. No último sábado, o estado registrou uma explosão de mais de 100 mil casos após "encontrar" 92 mil diagnósticos no sistema.

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A média móvel de mortes completou uma semana de estabilidade, embora ainda esteja acima da marca dos 500. Hoje foram 524 mortes em média nos últimos sete dias, indicando uma variação de 14% na comparação com 14 dias atrás.

A média móvel é o melhor indicador para analisar a pandemia, pois corrige as flutuações nos dados das secretarias de saúde que ocorrem aos fins de semana e feriados. A média dos últimos sete dias é comparada com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda; acima de 15%, aceleração; entre esses dois valores, estabilidade.

Hoje foram registrados 12.582 novos casos. Desde o início da pandemia já foram feitos 21.246.954 diagnósticos da doença.

Sete estados em alta

Acre, Rondônia e Sergipe não registraram nenhuma morte nas últimas 24 horas. O Acre também não teve novos casos da doença.

A Bahia registrou apenas dez mortes e nenhum caso devido a um problema na plataforma e-SUS, do Ministério da Saúde. "Essa é uma falha recorrente desde o lançamento da nova versão em 8 de setembro de 2021", diz a nota enviada pela Secretaria de Saúde.

De fato, o consórcio de veículos de imprensa tem notado nas últimas semanas que os casos de estados que enfrentam problemas com o sistema são quase diários, o que pode causar distorções nas informações.

Desconsiderando o Rio de Janeiro, sete estados registraram tendência de alta na média móvel de mortes, maior número desde 8 de agosto. Outros seis tiveram estabilidade, enquanto 12 e o Distrito Federal tiveram queda.

Das regiões, duas tiveram tendência de alta: Norte (24%) e Sudeste (22%). A última vez que o país teve duas regiões em aceleração foi em 23 de junho.

Apenas o Nordeste teve queda, com -20%, enquanto Centro-Oeste (8%) e Sul (13%) se mantiveram estáveis.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

• Espírito Santo: alta (18%)

• Minas Gerais: estável (12%)

• Rio de Janeiro: estável (11%) - o estado não informou dados até as 20h de hoje

• São Paulo: alta (43%)

Região Norte

• Acre: estável (0%)

• Amazonas: queda (-18%)

• Amapá: alta (29%)

• Pará: alta (64%)

• Rondônia: queda (-75%)

• Roraima: estável (-11%)

• Tocantins: alta (65%)

Região Nordeste

• Alagoas: queda (-18%)

• Bahia: estável (4%)

• Ceará: queda (-79%)

• Maranhão: queda (-17%)

• Paraíba: queda (-18%)

• Pernambuco: estável (7%)

• Piauí: queda (-40%)

• Rio Grande do Norte: queda (-29%)

• Sergipe: queda (-67%)

Região Centro-Oeste

• Distrito Federal: queda (-22%)

• Goiás: alta (56%)

• Mato Grosso: queda (-19%)

• Mato Grosso do Sul: queda (-44%)

Região Sul

• Paraná: alta (31%)

• Rio Grande do Sul: queda (-21%)

• Santa Catarina: estável (6%)

Dados do Ministério da Saúde

Em boletim divulgado hoje, o Ministério da Saúde informou que o Brasil notificou 485 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, foram registrados 591.440 óbitos provocados pela doença em todo o país.

Pelos dados fornecidos pela pasta, o total de infectados chegou a 21.247.094 desde março de 2020.

Segundo o governo federal, houve 20.250.198 casos recuperados da doença até agora, com outros 405.456 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.