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Barrinhas de proteína: saiba qual consumir para a recuperação pós-treino

A barra de proteína pode trazer benefícios, mas é preciso ter atenção ao escolher antes de comprar - Getty Images
A barra de proteína pode trazer benefícios, mas é preciso ter atenção ao escolher antes de comprar Imagem: Getty Images

Carol Fiacadori

Colaboração para VivaBem

10/07/2021 04h00

Fonte de aminoácidos não produzidos pelo corpo, a proteína é essencial para a construção e recuperação das fibras musculares. Por isso, muitos praticantes de atividades físicas estão sempre em busca de soluções para consumir o nutriente ao longo do dia e, especialmente, após o treino. E, por cumprir esse papel, as barrinhas de proteínas costumam agradar muita gente, por serem práticas de carregar na bolsa ou na mochila e ajudar a matar aquela vontade de comer um doce no meio da tarde.

Segundo o nutrólogo esportivo Kaue Kranholdt, antes de selecionar uma barra de proteína, é preciso levar em consideração a dieta seguida e o objetivo, pois alguns produtos são bastante calóricos. Além disso, não podemos esquecer que o alimento ainda é ultraprocessado e deve ser ingerido com cautela. "É recomendável esse tipo de estratégia apenas pela funcionalidade, para quem tem o dia a dia muito corrido e não consegue fazer todas as refeições do dia de maneira idealizada."

Kranholdt ainda reforça que, às vezes, o consumo das barras proteicas pode gerar frustração em determinadas pessoas, já que nem sempre a quantidade de proteínas ingeridas é necessária e, sendo assim, um "possível desbalanço com outros macro e micronutrientes é causado".

Normalmente, os produtos são indicados para consumo logo após um treino — seja de musculação, seja aeróbico — ou no lanche da tarde. Para o nutrólogo, isso é resultado da praticidade oferecida. "Dessa forma, você consegue obter os nutrientes necessários caso a próxima refeição ainda esteja longe de acontecer". Mas, com a infinidade de produtos, sabores e índices de proteína, fica difícil decidir qual a melhor opção. Segundo o nutrólogo, é importante perceber algumas características antes de finalizar a compra.

Como escolher a barrinha ideal?

Principalmente para quem busca perder peso, é importante se atentar às calorias presentes em determinado rótulo. É preciso saber se o valor energético do produto é semelhante às calorias necessárias para cada pessoa e se é compatível com a dieta adotada. "Se tiver poucas calorias, o indivíduo não terá boa recuperação física, conforme necessário, mas, se tiver até demais, pode sofrer outro efeito e acabar engordando", afirma Kranholdt.

Além das calorias, a fonte proteica deve ser levada em consideração. "A proteína da barrinha geralmente varia entre fontes de laticínios, como a caseína e o soro do leite — o famoso whey protein — e proteínas vegetais, como a da soja, de arroz etc.". O nutrólogo reforça que o whey protein possui um aminograma mais rico que a caseína — bastante utilizada em outras suplementações. O médico diz ainda que as proteínas vegetais, quando ingeridas em formatos de blends, como associações de fontes como soja, arroz, ervilha e sementes, também garantem um aminograma mais rico.

Outro fator importante é a quantidade de açúcares. Normalmente os produtos mais apetitosos costumam ganhar o consumidor devido ao sabor. Porém, é importante verificar a porção de açúcar presente no alimento — veja a lista de ingredientes, pois muitas vezes o açúcar está "escondido" e aprecem nomes como sacarose, frutose, maltodextrina, xarope de milho, xarope de malte e açúcar invertido, que também são açúcares. Atente-se também à gordura vegetal hidrogenada (ou gordura trans). Para o nutrólogo, esse componente é um dos principais inimigos da saúde.

A gordura trans é usada pela indústria para produzir produtos endurecidos, como bolachas e sorvete, e também está presente em diversas barras de proteína. O ingrediente é um sinal de que o alimento deve ser evitado, uma vez que essa gordura é uma das mais perigosas para a saúde cardiovascular

Fora isso, o médico orienta o consumidor a observar todos os nomes dos ingredientes. "Quanto mais ingredientes com nomes estranhos o produto apresentar, maior o risco de não ser saudável". Isso porque eles devem corresponder a corantes, conservantes e aromatizantes — típicos de produtos ultraprocessados.

Ainda que as barras de proteína possam ser práticas e ajudem no consumo do nutriente durante o dia, Kranholdt ressalta que elas são apenas uma pequena fração da demanda proteica diária. "As necessidades proteicas do corpo só serão supridas com uma boa alimentação que apresente variabilidade de fontes proteicas, sejam elas de alimentos oriundos de vegetais, sejam animais". "Além disso, é importante que as proteínas sejam ingeridas em diferentes refeições e com boa variabilidade de fontes".

Processo de fabricação

Para colocar um produto no mercado algumas regras precisam ser seguidas. Tiago Coroa, responsável pelos times de desenvolvimento, aplicação e suporte a clientes da ADM, empresa que fornece proteína às fabricantes de barrinhas, afirma que as legislações vigentes são as responsáveis por garantir segurança ao produto e ao consumidor.

Quando falamos de produtos proteicos, há uma legislação específica que trata da qualidade desse nutriente, bem como suas possíveis denominações: fonte de proteína ou rico em proteína. Para garantir essa qualidade, a proteína deve atender a um perfil de aminoácidos mínimo, especificado nessa legislação, de forma que ela exerça função biológica e entregue e entregue seus benefícios ao consumidor".

O engenheiro de alimentos da ADM ainda completa que a proteína de soja normalmente atende ao perfil solicitado pela legislação. "É uma proteína completa e reconhecida como uma das melhores proteínas vegetais de perfil nutricional."

Em relação à quantidade de proteína em cada produto, Coroa reforça que há uma legislação específica sobre os valores determinados para possibilitar a utilização das duas alegações nutricionais aprovadas, são eles: 6 gramas de proteína por porção para utilizar a alegação fonte de proteína e 12 gramas de proteína por porção para utilizar a alegação alto conteúdo de proteína. "É importante ressaltar a obrigação de que as proteínas desses alimentos atinjam o perfil de aminoácidos mínimo preconizado nessa mesma legislação. Com isso, é sempre necessária a utilização de uma proteína de alto valor biológico (que forneça todos os aminoácidos essenciais, não produzidos pelo corpo) para possibilitar o uso das referidas alegações, como é o caso da proteína de soja".

O engenheiro de alimentos cita ainda um estudo publicado pela ACN (American College of Nutrition), que, em 2013, "demonstrou que a proteína de soja, por exemplo, ao ser consumida juntamente com o whey protein, sustenta os níveis elevados de aminoácidos no sangue por mais tempo, prolongando a recuperação e, por consequência, a síntese muscular."

Alguns produtos para experimentar:

Diante do que foi explicado pelos especialistas, selecionamos algumas opções que podem ser boas aliadas na hora de consumir uma barra de proteína. Mas vale lembrar que, antes de inserir qualquer alimento na dieta, consulte um nutrólogo ou nutricionista e tenha uma orientação de acordo com a sua necessidade.

banana brasil - Divulgação - Divulgação
Supino Protein da Banana Brasil
Imagem: Divulgação

Barra de proteínas Supino Protein de cappuccino - Banana Brasil

Preço: R$ 38,00 (12 unidades)*

Une a proteína isolada de soja e o whey protein para oferecer ainda mais saúde ao consumidor. Com sabor cappuccino, a barrinha proteica é feita sem glúten, sem conservantes, sem corantes e com zero adição de açúcar - uma boa opção para quem deseja consumir algo rápido e prático, logo após o treino.

whey bar - Divulgação - Divulgação
Whey Bar da Probiótica
Imagem: Divulgação

Whey bar high protein sabor chocolate - Probiótica

Preço: R$ 89,90 (24 unidades)*

Feita com a proteína do soro do leite e proteína isolada de soja, a Whey Bar recebe cobertura de chocolate e pode ser uma boa aliada na hora do doce ou até mesmo após os treinos. No total, possui 16 gramas de proteína e não possui glúten.

bio2 - Divulgação - Divulgação
Protein Bar da Bio2
Imagem: Divulgação

Protein bar sabor baunilha - Bio2

Preço: R$ 94,80 (12 unidades)*

Prática e saudável, a barrinha é feita sem glúten, sem leite, sem soja, sem corantes artificiais, sem aromas artificiais e sem prejudicar os recursos naturais do meio ambiente, segundo a fabricante. Utiliza apenas ingredientes funcionais e nutritivos e totalmente brasileiros.

dark bar - Divulgação - Divulgação
Dark Bar da Intermédica
Imagem: Divulgação

Dark Bar peanut darkness - Integralmédica

Preço: R$ 102,02 (8 unidades)*

Fornece 24 gramas de proteínas e 35 de carboidratos a cada barra. É formulada com proteínas lácteas de alto valor biológico, carboidratos de baixo índice glicêmico, tcm, vitaminas e minerais.

mais mu - Divulgação - Divulgação
Chocowheyfer da MaisMu
Imagem: Divulgação

Chocowheyfer proteico - Mais Mu

Preço: R$ 7,94* (1 unidade)

O produto possui 6 gramas de proteína, é feito com zero adição de açúcares e com proteína isolada do leite, o whey protein. Além disso, traz crocância ao paladar e chocolate de verdade — que deixa o sabor ainda mais intenso.

pura vida - Divulgação - Divulgação
Natural Protein Bar da Pura Vida
Imagem: Divulgação

Natural protein bar de brownie e amêndoas - PuraVida

Preço: R$ 22,78*

São feitas com poucas calorias e com alto teor de proteína. Podem ser consumidas a qualquer horário e são a matéria-prima para músculos, tecidos, enzimas, hormônios e fortalecimento da imunidade. É feita sem glúten, sem soja e com lótus de coco e alto teor de fibras.

Uma dica: costuma fazer compras online? Assinar o Amazon Prime pode ser uma boa alternativa. Com primeiro mês de teste gratuito e depois por apenas R$ 9,90, você tem entrega grátis e rápida para diversas compras em qualquer lugar do Brasil.

* Os preços e a lista foram checados no dia 29/06/2021 para atualizar este texto. Pode ser que eles variem com o tempo.

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