Conteúdo publicado há 4 meses

Suspeito de se passar por sexólogo para importunar vizinhas é preso no PR

Um homem de 43 anos foi preso hoje, em Curitiba (PR), suspeito de se passar por sexólogo para importunar sexualmente as vizinhas dele.

O que aconteceu

O homem ligava e interfonava para as moradoras do condomínio para fazer perguntas de cunho sexual. As questões fariam parte de uma suposta pesquisa de um instituto de sexologia. "Tais como: número de relações sexuais que essas mulheres tinham por semana, tipo de relação que gostavam de ter, fetiche, se estariam dispostas a disponibilizar imagens dos pés", exemplifica a delegada Sâmia Coser.

O homem foi descoberto por algumas das próprias vítimas. A delegada conta que elas adicionaram o número no WhatsApp, e descobriram que ele era morador do mesmo condomínio delas. Além disso, encontraram outras duas condenações do suspeito referentes também a crimes sexuais.

Suspeito já foi preso pelo mesmo motivo. "Ele chegou a ser preso por abordar médicas em consultórios e abordar e tocar em mulheres nas ruas", explicou Sâmia. No momento, ele cumpria pena em regime aberto por crime sexual.

Os policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa do homem, onde foi encontrado um binóculo. "A gente acredita que ele fizesse uso do equipamento para ver as vizinhas e mulheres próximas".

Também foram apreendidos outros aparelhos. Foram recolhidos itens como tablet e celular, para verificar se o homem também fotografava e filmava as vítimas.

A Polícia Civil já identificou três vítimas. A investigação segue para localizar outros possíveis alvos do criminoso.

Diferença entre os crimes

Assédio sexual. É preciso que ocorra no ambiente de trabalho e que haja diferença hierárquica entre agressor e vítima. Como, por exemplo, um chefe constrange uma funcionária a dormir com ele sob ameaça de ela perder o emprego.

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Importunação sexual. Ato de praticar, contra vontade de uma pessoa, qualquer ato sexual, sensual ou erótico. Inclui, por exemplo, toques não consentidos, "encoxadas", masturbação, ejaculação, etc.

Estupro. Ocorre com violência ou grave ameaça. Nesta situação, o autor do crime força a vítima a ter consigo conjunção carnal ou qualquer outro ato de perversão sexual. Nesta situação há necessariamente o emprego de violência ou grave ameaça.

Como denunciar violência sexual

Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos. O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.

Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados. O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.

Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.

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