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Mórmon gay defende casamento com mulher: 'Não tem sido um problema'

Amanda e Skyle Sorensen esperam que, tornando público seu caso, possam colaborar para a igreja se tornar mais aberta à diversidade - Reprodução/Facebook
Amanda e Skyle Sorensen esperam que, tornando público seu caso, possam colaborar para a igreja se tornar mais aberta à diversidade Imagem: Reprodução/Facebook

De Universa, em São Paulo

13/08/2020 14h27

O norte-americano Skyle Sorensen, um homem mórmon e gay residente no estado de Utah, nos Estados Unidos, disse que não tem sido um problema estar casado com uma mulher, Amanda, e contou estar feliz com o relacionamento.

"Temos nossas intrigas, é claro, assim como todo casamento. Mas eu ser gay não tem sido o maior problema em nosso casamento, e sim a comunicação, coisas normais de um casamento", disse Skyle em entrevista ao jornal norte-americano New York Post na última terça-feira (11).

"Eu gostaria que Skyle não fosse gay? Sim, às vezes. Mas eu não gostaria de ficar com ninguém além dele", afirmou Amanda na mesma entrevista.

Amanda e Skyle se conheceram há cerca de cinco anos em uma congregação mórmon para jovens em Salt Lake City, capital e maior cidade de Utah.

Amanda disse ao NY Post que Skyle lhe afirmava que sempre "cresceu sabendo que nunca ficaria com um cara" e que, apesar de sua atração sexual por homens, sonhava em se casar com uma mulher. "Essa sempre foi sua convicção, sua crença e seu desejo".

Por serem membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias - ou seja, mórmons -, Skyle e Amanda acreditam no "casamento eterno", que só pode ocorrer entre um homem e uma mulher e é pautado por fortes fundamentos cristãos, como algo necessário para a salvação divina.

"Sempre imaginei essa concepção de família em minha vida: casar com uma mulher, ter filhos, criá-los", afirmou Skyle.

Na entrevista, os Sorensen contaram que, ao tornar público seu relacionamento, esperam poder ajudar outras pessoas que vejam conflitos entre suas orientações sexuais e as doutrinas de suas religiões.

"É realmente uma jornada difícil para homens gays dentro da igreja, ou mesmo para mulheres lésbicas", afirmou Amanda.