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Oficial do governo Trump acha comunidade LGBTQ+ 'tirânica': 'Império homo'

Merritt Corrigan em foto de perfil do Twitter - Reprodução/Twitter
Merritt Corrigan em foto de perfil do Twitter Imagem: Reprodução/Twitter

De Universa, em São Paulo

10/06/2020 08h42

O governo de Donald Trump recentemente empossou uma ativista que denunciou nas redes sociais um suposto "império homo" que estaria "dominando" os EUA.

Merritt Corrigan ganhou uma posição na Casa Branca, como ligação entre o braço executivo do governo e a Agência Americana de Desenvolvimento Internacional (USAID), que cuida de parte da política externa do país.

Segundo o ProPublica, Corrigan denunciou em seu Twitter, que hoje é trancado para não seguidores, a "agenda LGBTQ+ tirânica" que "não admite nem mesmo uma opinião contrária de cidadãos e empresas".

Cargo anterior

Antes de conseguir a posição na Casa Branca, Corrigan trabalhou na embaixada húngara nos EUA. Por lá, elogiou o presidente da Hungria, Viktor Orban, como "um campeão brilhante da democracia ocidental".

Orban é criticado internacionalmente por seu estilo autocrata e suas políticas autoritárias, interferindo nas liberdades de cidadãos. O seu governo conservador também acabou com algumas proteções a pessoas LGBTQ+ — recentemente, o país deixou de reconhecer direitos das pessoas trans.

Resposta

A porta-voz da USAID, Pooja Jhunihunwala, comentou à reportagem do ProPublica que a agência tem "uma política de tolerância zero contra discriminação ou assédio baseados em gênero, raça, orientação sexual, religião ou qualquer outra característica distinta de qualquer um de nós".

"Todos os nossos funcionários são cobrados para respeitar isso. Esperamos sempre que todos eles tratem uns aos outros com dignidade e respeito. Ponto final", declarou ainda. A agência não disse o que será feito sobre as declarações anteriores de Corrigan, no entanto.