Nos EUA, professora "leiloa" alunos negros para simular escravidão em aula

Rebecca Antinozzi está recebendo críticas após "leiloar" seus alunos negros para simular o tempo de escravidão em uma de suas aulas de história para a quinta série.
De acordo com o "The New York Daily News", os administradores da The Chapel School, em Bronxville, nos EUA, estão investigando a acusação de que a professora permitiu que seus alunos brancos fizessem tal tipo de proposta para os estudantes negros, que fingiram ser escravos durante um falso leilão na última terça-feira (5).
Vernex Harding, mãe de um dos alunos negros, comentou sobre o comportamento da professora e como a atitude abalou sua família, instigando-a a questionar os valores da instituição particular em que seu filho está matriculado.
"Estou chocada e com raiva que isso tenha acontecido com meu filho. Estou muito abalada", disse ela, que foi informada sobre o ocorrido pelo seu próprio filho após a aula, em que foi simulada, inclusive, sua prisão com algemas no corredor da escola.
Depois de colocar a algema nas crianças, a professora teria levado os alunos até a sala de aula e pediu para que as crianças brancas se passassem por proprietários de escravo, enquanto ela atuava como a leiloeira.
"As crianças foram encorajadas a darem lances de preço em cima dos colegas. Meu filho foi humilhado", complementou Vernex.
Joshua Kimerling, advogado que representa Rebecca, disse que as alegações são incorretas e que ela nunca quis ofender ninguém com a lição.
"O retrato relatado sobre a aula é impreciso, fora do contexto, contém fatos falsos e ignora o apoio esmagador de dezenas de pais à Sra. Antinozzi. A decisão dela não foi intencional", afirma a defesa, que é contestada pelo pai de um dos alunos: "Eu não sei como ela achou que isso poderia ser aceitável".
Já Letícia James, Procuradora geral do Estado, afirmou estar investigando o incidente.
"Os relatos das 'aulas' racistas de um professor da The Chapel School são profundamente preocupantes. Meu escritório está monitorando esse caso de perto".
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