13 jeitos de deixar a casa mais segura que não têm a ver com muro e alarme
Grades altas, ponteiras, cercas elétricas e outros artefatos de segurança são parte do cotidiano de quem vive em cidades. “Tornaram-se elementos familiares e criaram a ideia de que são essenciais para a vida urbana”, afirma o arquiteto e urbanista André Scarpa. “Mas ninguém se dá conta de que, quando se constrói casas e condomínios voltados para o interior e cercados por muros, perde-se os olhos da rua”, diz a arquiteta e urbanista Maristela Faccioli.
A jornalista e urbanista Jane Jacobs disse, em 1961, no seu livro “Morte e Vida em Grandes Cidades” (Editora Martins Fontes), que não ter o olhar para o lado de fora do edifício, assim como não ser visto por transeuntes, aumenta a insegurança. Segundo Jacobs, quanto mais transitadas as vias, mais olhos estarão atentos para o entorno, assim como mais motivos para se observar a calçada e se cuidar do bairro.
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“Muros altos dividem a vizinhança. Uma vizinhança unida é muito mais segura do que uma série de indivíduos fechados em suas caixas. É comum a história do ladrão entrar e o vizinho nem saber o que está acontecendo na casa ao lado”, observa a arquiteta Carmem Ávila.
Enquanto nossas cidades não são repensadas para favorecer a convivência, você pode adotar medidas sem viver refém do medo. Mas se, ainda assim, prefere recursos convencionais, elencamos sugestões que o ajudarão a manter a residência mais segura.
1. A criação de uma vizinhança solidária, onde os moradores se conhecem e se ajudam, contribui na segurança do bairro. É bom, também, escolher imóveis próximos a estabelecimentos comerciais e locais públicos, que garantem movimento contínuo de pessoas e, como consequência, a vigilância urbana;
2. Em vez de muros altos e cercas elétricas, adote grades vazadas, assim como cercas dentadas. Isso facilita a visão dos acontecimentos no entorno da casa;
3. O vidro laminado, o mesmo usado nas agências bancárias, permite a visão do exterior e, no caso de um impacto, apenas trinca, impedindo estilhaços e possíveis acidentes, recomenda a arquiteta Carmem Ávila;
4. Evite portões cujos vãos possam funcionar como escada. Se houver barrar horizontais, elas não podem ter espaço para que caiba o pé de uma pessoa que tente escalá-lo;
5. Se você prefere portões fechados, escolha os que têm telas perfuradas abaixo e acima da linha dos olhos, permitindo que você possa, ao menos, observar a rua;
6. A iluminação da fachada contribui para a segurança de quem está passando na rua e possibilita ao morador a visão do transeunte; luzes nas laterais e nos fundos do imóvel também asseguram a visão no período noturno, que podem ser acionados por sensores de presença;
7. O uso de timers ou sensores fotoelétricos possibilitam o acendimento automático das luminárias quando escurece, sugere a arquiteta Lucianne Korn;
8. Janelas voltadas para a rua, principalmente no andar superior, inibem a ação de ladrões;
9. Se você optar pelo portão motorizado, Faccioli recomeda os que eles se abram em quatro segundos, diminuindo as chances de uma invasão. Este é o mínimo tempo necessário para que ao motor consiga abrir o portão;
10. Prefira portões elétricos de abertura vertical, que são mais difíceis de arrombar;
11. Em vez de fechaduras eletrônicas, instale modelos de aço-inox de três a nove travas. São mais resistentes e contam com chaves multipontos, que são dificilmente violadas, aconselha Fabio Fragoso, sócio-diretor da Aster, empresa especializada em segurança;
12. Para evitar a clonagem de controles remotos, hoje muito comum, certifique-se que os seus tenham tecnologia que impeçam que eles tenham os códigos copiados;
13. Se deseja alta segurança, opte pelo controle de acesso biométrico, que só libera a entrada mediante o desbloqueio com leitura de retina, digital ou estrutura facial.
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