Equipe do Google pede afastamento de executiva após demissão de especialista em ética
A equipe de pesquisa Ethical AI, do Google, solicitou que a empresa deixe de ter um vice-presidente e se comprometa com uma maior liberdade acadêmica, intensificando um confronto com a administração da empresa após a demissão da cientista Timnit Gebru neste mês.
Os funcionários pediram, na quarta-feira (16), que a vice-presidente Megan Kacholia seja retirada da gestão da equipe depois que ela supostamente excluiu o chefe de Gebru da decisão de demiti-la, de acordo com um documento interno visto pela Reuters.
Gebru questionou a exigência do Google para que ela removesse um artigo descrevendo os danos causados por tecnologia semelhante à do Google, e a empresa respondeu dizendo que aceitava sua renúncia.
O documento também exigia uma explicação sobre a demissão, transparência nas revisões dos artigos dos funcionários e uma investigação sobre como o Google lida com as reclamações dos funcionários sobre as condições de trabalho, como as levantadas por Gebru enquanto estava na empresa.
Gebru se destacou como co-fundadora da organização sem fins lucrativos Black in AI e como co-autora de um artigo marcante sobre o viés racial na tecnologia de reconhecimento facial. Ela foi co-líder da equipe Ethical AI da empresa, que o documento dizia ser essencial para informar o público sobre os impactos dos sistemas de inteligência artificial, mesmo quando isso significasse uma crítica construtiva ao Google.
O Google e Kacholia não retornaram imediatamente um pedido de comentário. Não ficou claro quantas pessoas assinaram o documento, que seguiu uma petição anterior por liberdade acadêmica reunindo assinaturas de mais de 2.600 funcionários da empresa.
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