Em negociação, operadoras exigem de Record e SBT novos canais pagos e mídia
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As negociações entre a joint-venture Simba e as operadoras de TV paga continuam esta semana após modestos avanços na semana passada.
A Simba representa Record, SBT e RedeTV!, que exigem remuneração das operadoras por seus sinais HD.
Essas TVs estão fora das principais operadoras na Grande SP desde o último dia 29, quando o sinal analógico foi cortado em SP e começou a era 100% digital na região, para uma população total de cerca de 23,6 milhões de pessoas.
Segundo a coluna apurou, apesar de lentas, as negociações continuam entre Simba, Net Claro, Vivo e Oi, mas as operadoras estão exigindo contrapartidas para uma eventual remuneração.
Entre essas contrapartidas estão uma permuta que envolve remuneração x mídia. Ou seja, as operadoras pagam à Simba, mas as TVs devolverão boa parte disso com o caro espaço publicitário na TV.
As operadoras querem também que a negociação inclua já planos concretos de Record, SBT e RedeTV! para o lançamento de novos canais de TV paga nos próximos anos. Elas exigem mais conteúdo.
Conforme esta coluna antecipou, a Simba já tem planos de ao menos um canal pago a ser lançado provavelmente em 2018. Esse canal teria conteúdo fornecido pelas três emissoras. Mas as operadoras querem mais.
Essa exigência das operadoras é um contraponto ao argumento central da Simba, de que elas remuneram a Globo e a Band por seus sinais HD.
É verdade, mas o que a Simba aparentemente esquece é que os sinais de Globo e Band são vendidos em cestas que contêm dezenas de outros canais pagos criados por essas emissoras.
A verdade nua e crua é que Globo e Band investem na TV por assinatura há décadas (no caso da Globo há exatos 25 anos), enquanto que SBT, Record e RedeTV! nunca nem sequer se mexeram para a criação de novos canais.
Record e SBT têm acervos que permitiriam a criação de canais semelhantes ao Viva, da Globosat, por exemplo. Também há planos de compra de conteúdo internacional nas áreas de esportes e filmes.
Com o corte do sinal dos canais da Simba na TV por assinatura, a audiência deles caiu de 20% a 30%, o que pode gerar forte repercussão (negativa, claro) entre anunciantes.
Conforme esta coluna informou ontem, o maior erro da Simba foi mudar seu discurso dias antes do corte de sinal analógico: a joint-venture assumiu uma posição beligerante, em vez de dar mais 30 dias para o desligamento e prosseguir as negociações.
Das operadoras, a única aparentemente irredutível” e que não tem nem sequer sentado à mesa de negociações é a Sky.
@feltrinoficial
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