Setor cultural protesta contra novo fechamento de cinemas na Itália
O setor do cinema italiano protestou hoje contra o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, após a decisão de voltar a fechar os cinemas, teatros e salas de concerto em uma tentativa para frear o novo coronavírus.
Numerosos diretores de cinema e associações cinematográficas escreveram uma carta a Conte e ao ministro de Cultura italiano, Dario Franceschini, para criticar esta medida que "pode pôr em perigo o futuro de todo um setor".
"Em um momento em que trabalhamos com dificuldade para voltar a nos recuperar, obrigar os cinemas que parem novamente suas atividades pode pôr seriamente em perigo o futuro de todo um setor", garante a carta, publicada em vários meios de comunicação italianos e destacada por cineastas como Nanni Moretti, Pupi Avati, Paolo Virzí e Marco Bellocchio.
As salas da sétima arte já tiveram que fechar no início de março na Itália, que tinha sucumbido durante a primeira onda da covid-19. Os cinemas não voltaram a abrir suas portas até junho, com a obrigação de respeitarem o distanciamento social em seu interior.
"Está demostrado que (...), graças aos rígidos protocolos sanitários que (...) regulam as projeções e os espetáculos, os cinemas e os teatros são os lugares mais seguros, onde não se detectou nenhum contágio", defenderam os assinantes da carta.
"Mesmo sob as bombas da Segunda Guerra Mundial, o cinema não se abalou, e a gente continuou tendo cinema", lembrou o diretor Marco Bellocchio em uma entrevista publicada hoje no jornal La Repubblica.
A pandemia contagiou mais de 500 mil pessoas na Itália, onde morreram mais de 37 mil pessoas.
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