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O dia em que Jean Wyllys vestiu sutiã para competir em prova do BBB

Jean Wyllys lembrou o dia em que usou sutiã no BBB 5 - Reprodução
Jean Wyllys lembrou o dia em que usou sutiã no BBB 5 Imagem: Reprodução

Colaboração para Splash, em São Paulo

16/07/2023 18h40

Jean Wyllys, 49, usou seu Instagram para relembrar uma foto do dia em que usou um sutiã durante uma prova do "BBB 5" (Globo), como forma de protesto pela homofobia de alguns dos participantes daquela edição.

O ex-deputado federal disse amar se ver usando a vestimenta feminina, por ter sido uma forma de confrontar aqueles que o "perseguiam" por ser homossexual.

"Gente, amo me ver usando sutiã em uma das provas do BBB 5, que buscava sacanear a homofobia dos participantes que me perseguiam. Que orgulho de mim! Que experiência vanguardista em termos de fluidez de gênero! Adoro essa foto!", escreveu.

Campeão do BBB 5, Jean Wyllys precisou enfrentar a homofobia para superar seus adversários e levar o prêmio milionário. No programa, o jornalista foi alvo de piadas e hostilidades por ser gay assumido.

Wyllys chegou a ser indicado ao primeiro paredão do BBB 5 e, ao ser questionado pelo então apresentador do reality, Pedro Bial, sobre o motivo de ter ido parar na berlinda, Jean apontou a homofobia.

"Eu sabia que seria o alvo preferencial da casa. Acho que por eu ser gay. Ou por que eles não tinham opção e votaram em mim usando esse critério", declarou na época.

Jean Wyllys já foi eleito pela revista britânica The Economist como uma das 50 personalidades que mais lutam pela diversidade no mundo, sobretudo pela atuação que teve durante oito anos como deputado federal.

Wyllys critica Leite

Recentemente, Jean Wyllys gerou polêmica ao falar que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que também é gay assumido, ter homofobia internalizada.

O ex-deputado criticou Leite por decidir manter escolas cívico-militares no Rio Grande do Sul, e o tucano rebateu, classificando a fala de Wyllys como "deprimente". "Lamento sua ignorância", afirmou o gaúcho.

No começo de julho, o ex-deputado voltou ao Brasil. Ele passou quatro anos morando no exterior devido a ameaças de morte que sofreu. Embora tenha sido reeleito para o seu terceiro mandato, em janeiro de 2019, nas primeiras semanas do governo de Jair Bolsonaro (PL), ele desistiu de tomar posse.

Acolhido pela primeira-dama Janja Lula da Silva, o ex-deputado, que é jornalista de formação, disse que ganharia um cargo na Secom (Secretaria de Comunicação) da Presidência. A nomeação prometida seria assessor no planejamento de comunicação do governo, para trabalhar diretamente com o ministro da pasta, Paulo Pimenta.