Evitar decote e não ser planta: os pedidos da Record para Grande Conquista

A Grande Conquista, novo reality show da Record TV, pode até parecer uma bagunça com tantos participantes e regras difíceis de serem compreendidas. A desorganização, porém, não se aplica a todas as áreas. Antes de o programa começar, a produção pensou nos detalhes.

Cada participante recebeu um "manual de conduta". O protocolo, vale lembrar, é comum em outras emissoras que produzem programas de formatos similares. Antes do confinamento do reality No Limite, por exemplo, a Globo chegou a enviar uma apresentação em PowerPoint para o elenco com recomendações sobre o que seria permitido levar e até sugestões para compor os looks.

Em A Grande Conquista, que entra em uma nova etapa nesta quinta-feira (18), com a abertura da mansão, não foi diferente. Dicas para protagonizar o jogo, além de conselhos para evitar assuntos polêmicos estão presentes no documento enviado para cada confinado. O Splash teve acesso ao manual e compartilha, abaixo, os detalhes mais curiosos.

Pode usar decote?

Nem toda roupa pode ser usada em A Grande Conquista. O manual diz que não é permitido looks com logotipos e marcas, camisetas de bandas, tecidos com listras pequenas ou bolinhas, chapéus, estampas com a foto da própria pessoa ou familiar e itens com frases e palavras escritas. Tudo para evitar problema com os patrocinadores do reality.

Decotes e brilhos desaconselhados. Embora não sejam completamente vetados, o manual de conduta também aconselha que transparência, decotes profundos, brilhos e paetês sejam evitados para não "interferir tecnicamente".

Dress code para entrar na Mansão: Look "baladinha". Para a entrada na Vila, os participantes foram orientados a usar looks que definissem suas personalidades. O dress code da entrada na Mansão, por sua vez, foi definido como "baladinha". Todas as roupas foram aprovadas com antecedência pela produção do programa. Apesar de não limitar a quantidade de peças, a emissora frisou que só entra na casa o que couber dentro da mala oficial.

Conselhos da direção

Que o diretor Rodrigo Carelli batalhou para não escalar plantas para o novo projeto não é novidade. No manual, inclusive, o recado foi reforçado. Resta saber se dará resultado.

"Não esqueça que você está num programa de TV. O público espera conhecer suas opiniões e atitudes, por isso é fundamental que você participe ativamente das provas, das dinâmicas, das atividades e da convivência. Protagonize o programa!"

Depois de tantos programas polêmicos, a Record também optou por frisar que algumas ações podem acarretar em consequências que ultrapassam o jogo. O manual, por exemplo, pede para os participantes evitarem assuntos que envolvam política, religião e a exposição de figuras públicas.

"Todo participante é livre para se expressar da maneira que quiser, mas lembre-se que assédio, racismo, homofobia (entre outros) são crimes. Quem infringir a lei poderá ter que responder por seus atos à Justiça"

Desistência e expulsão

Nas edições mais recentes dos realities brasileiros é até raro alguma temporada que não tenha sofrido baixas com desistências e expulsões. O manual de conduta de A Grande Conquista, inclusive, aborda os dois temas no mesmo tópico.

A emissora deixa claro que desistências trazem consequências para os participantes que continuam no jogo. Em seguida, avisa que a saída do programa não é imediata. O participante deve falar com o Dono da Casa, acionar o botão de emergência e gravar um depoimento.

Sobre as expulsões, o documento chama atenção ao frisar que casos de assédio e importunação sexual geram desclassificação. Vale ressaltar que a emissora passou a destacar essa observação ao escalar participantes para seus programas depois da expulsão de Nego do Borel em A Fazenda 13. O cantor foi acusado de estupro ao se relacionar com Dayane Mello.

"Colocar em risco a integridade física, sua ou de qualquer outro participante, assédio e importunação sexual também são passíveis de expulsão. Cabe apenas à produção do programa o julgamento das ações e regras infringidas. A decisão da produção é soberana e não deve ser contestada por nenhum participante", informa o texto.