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Longe das novelas, Calixto, de 'O Cravo e a Rosa', encara doença pulmonar

Pedro Paulo Rangel fez par romântico com Suely Franco em "O Cravo e a Rosa" - Cristiana Isidoro/Globo
Pedro Paulo Rangel fez par romântico com Suely Franco em "O Cravo e a Rosa" Imagem: Cristiana Isidoro/Globo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

26/09/2022 04h00

Há 22 anos, Pedro Paulo Rangel encantou o Brasil ao interpretar Calixto, o cômico "roceiro" que fabricava queijos na novela "O Cravo e a Rosa" (2000). O ator de 73 anos atuou na trama quando tinha 52. Atualmente, continua com muita disposição para trabalhar, mesmo com a doença crônica no pulmão, que enfrenta desde 2002.

Pedro está distante das novelas há mais de dez anos, e garante que não pretende retornar por achá-las "muito longas". Todavia, tem diversos projetos encaminhados, como a série "Independências", da TV Cultura, em que fará papel de um bibliotecário da Imperatriz Leopoldina.

Em outubro, Rangel reestreará a peça "O ator e o lobo", com apresentações no Rio de Janeiro.

Na TV, o veterano interpretou papéis marcantes. Além de "O Cravo e a Rosa", teve passagens memoráveis, como o galã Dirceu em "Saramandaia" (1976) e Adamastor em "Pedra sobre Pedra" (1992), que era um gay, em uma época em que personagens homossexuais não eram tão comuns como hoje.

Pedro Paulo Rangel também atuou em "Gabriela'' (1975), "Vale Tudo" (1988), "A Indomada" (1997), "Belíssima" (2005), entre outras tramas. Seu último papel em novelas foi em "Amor Eterno Amor'' (2012).

Lidando com a doença

Em recente entrevista à jornalista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, Pedro Paulo negou que tenha parado de trabalhar devido à doença.

"Vi notícias de que estou doente, que parei de trabalhar. Eu queria desmentir isso. Na verdade, tenho uma doença crônica, DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), causada pelo cigarro. Isso absolutamente não me impede de trabalhar. Eu tomo remédios, tenho uma rotina. Faço fisioterapia", disse.

O ator descobriu a doença em 2002 e, segundo ele, ela não tem cura e age de forma progressiva.

"Ela não dá sinais, é uma doença traiçoeira. Quando aparece, babau. Não tem cura, é irreversível e progressiva. Eu já tinha parado de fumar, mas o mal estava feito. E eu sou um ex-fumante radical. Não posso ver alguém com cigarro na minha frente. Eu falo: "Não faça isso, olha a minha situação". Fumar é um vício terrível", revelou para a coluna de Kogut.

Os boatos sobre ter parado de atuar podem ter surgido devido à reprise da novela, sugeriu o ator

"É uma visibilidade maior, né? É sempre um sucesso quando reprisa. Foi muito prazeroso fazer. De vez em quando eu assisto. Converso muito com a Suely Franco (que fez seu par, Mimosa). Ela me liga e diz: "A novela está naquela parte do beijo". Aí vou olhar e comento. Somos muito amigos", finalizou.