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Diretor japonês Sion Sono é acusado de assédio sexual por diversas atrizes

Diretor japonês Sion Sono foi acusado de sassédio por diversas atrizes - Reprodução/
Diretor japonês Sion Sono foi acusado de sassédio por diversas atrizes Imagem: Reprodução/

Colaboração para Splash, em São Paulo

05/04/2022 14h46Atualizada em 05/04/2022 14h56

O diretor japonês Sion Sono, conhecido por dirigir e ser roteirista de filmes como 'Love Exposure' e 'Antipornô', está sendo acusado por diversas atrizes de seus filmes de assédio sexual.

As acusações foram publicadas no veículo japonês 'Shukan Josei Prime'. No longo artigo, diversas atrizes da indústria japonesa acusaram o diretor, que hoje tem 60 anos, de tentar se aproveitar da maioria das atrizes que participaram de seus filmes de uma forma sexual. Ainda de acordo com o artigo, ele utilizava as técnicas predatórias também com as alunas de seus workshops de atuação. As mulheres acusaram o diretor de forma anônima.

A atriz Milla Araki, que se identificou como 'vítima sexual no mundo do entretenimento japonês', acusou o diretor em seu Twitter. Ela disse, respondendo ao artigo feito sobre o assunto pela revista americana 'Vanity Fair': "Olá. Sou uma das vítimas sexuais dele. Jamais o perdoarei porque ainda estou batalhando. Eu era uma atriz e ele tentou me usar como alguém da produção", disse ela. Milla também disse que, em seu caso, foi mais do que assédio: "Ele me atacou", contou a atriz.

Hoje, Sono fez seu primeiro comentário oficial após a explosão da polêmica por meio de sua empresa: "A quem possa interessar. Muito obrigada pelo apoio contínuo. Nós pedimos sinceras desculpas por qualquer inconveniente causado a todas as partes a quem isso diz respeito. Faremos um novo anúncio após separar melhor todos os fatos".

O diretor faria um novo workshop de atuação, mas foi cancelado.

Em caso de violência contra a mulher, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 180 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — a Central de Atendimento à Mulher, que funciona em todo o país e no exterior, 24 horas por dia. A ligação é gratuita. O serviço recebe denúncias, dá orientação de especialistas e faz encaminhamento para serviços de proteção e auxílio psicológico. O contato também pode ser feito pelo WhatsApp no número (61) 99656-5008.

A denúncia também pode ser feita pelo Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

Há ainda o aplicativo Direitos Humanos Brasil e a página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Vítimas de violência doméstica podem fazer a denúncia em até seis meses.

Caso esteja se sentindo em risco, a vítima pode solicitar uma medida protetiva de urgência.