Jovem Pan e Record exibem cenas de game para falar da invasão à Ucrânia

A Jovem Pan News e a Record, ao noticiarem a invasão russa à Ucrânia, usaram um vídeo que mostra um avião sendo atingido por mísseis — mas as imagens, na verdade, são do game "ARMA 3".

Jogadores logo repararam na confusão, que acabou virando piada nas redes sociais. Ambas as emissoras foram procuradas por Splash, e o texto será atualizado assim que houver resposta.

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Na Jovem Pan, a imagem foi exibida enquanto comentaristas analisavam a situação — entre eles, o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles.

A Record exibiu o vídeo no "Balanço Geral RJ":

Não é a primeira vez que os gráficos realistas dos videogames causam confusão na Record: alguns relembraram a vez em que a emissora exibiu cenas do jogo "Forza Motorsport 6" como se fosse uma prova para ser motorista do presidente dos Estados Unidos.

Rússia x Ucrânia

Confira o que se sabe até agora sobre a situação envolvendo Rússia e Ucrânia:

• Dois dias após autorizar uma invasão na Ucrânia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, incentivou hoje que o exército ucraniano assuma o poder na capital Kiev para derrubar o governo de Volodymyr Zelensky.

• Chefes de Estado-Maior da Ucrânia disseram que a Rússia está usando o aeródromo de Gomel, em Belarus, para posicionar tropas para atacar a cidade.
• Putin anunciou uma "operação militar especial" da Rússia no leste da Ucrânia por volta das 5h45 de ontem (23h45 de anteontem no Brasil). A Rússia reclama de uma eventual adesão da Ucrânia à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), aliança militar criada para fazer frente à extinta União Soviética.
• Horas após Putin anunciar a ação, moradores começaram a deixar Kiev. Parte da população das cidades tem buscado abrigo nos metrôs subterrâneos, numa tentativa de escapar dos ataques aéreos. Na área econômica, o Banco Central ucraniano limitou o saque de dinheiro e suspendeu a retirada de moeda estrangeira.
• A usina nuclear de Chernobyl foi tomada por militares russos na tarde de ontem, segundo o governo da Ucrânia. Um especialista ouvido pelo UOL apontou que o fator nuclear pode estar por trás disso.
• A agência nuclear da Ucrânia e o Ministério do Interior disseram hoje que registraram níveis crescentes de radiação em Chernobyl após a Rússia tomar o controle.
• O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e outros líderes de nações ocidentais condenaram a operação militar da Rússia e anunciaram mais sanções. Biden afirmou que soldados americanos devem se limitar a proteger países aliados da Otan, da qual a Ucrânia não é parte.
• Numa aparente resposta ao democrata, o presidente ucraniano disse que o país tem se defendido sozinho e que "o país mais poderoso do mundo olhou de longe". Zelensky cobra que a Rússia sofra mais do que sanções.
• Explosões em Kiev marcaram o início do segundo dia de invasão russa. Por volta das 23h30 (horário de Brasília) de ontem, duas explosões foram ouvidas no centro de Kiev por repórteres da rede de TV americana CNN.
• Com a expectativa de novas ofensivas, o ministério da Defesa pediu aos civis que peguem em armas. A Ucrânia anunciou ontem que homens de 18 a 60 anos estão proibidos de deixar o país.
• Após a convocação, houve registro de homens em longas filas para fazer o alistamento militar no Exército do país, bem como em postos de doação de sangue para os militares que precisarem.
• O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou hoje que o país está disposto a sentar para negociar se a Ucrânia deixar de lutar e "soltar as armas". Segundo o chanceler, a Rússia não tem a intenção de ocupar o país vizinho, mas "libertar os ucranianos da opressão".
• O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que o país fornecerá equipamentos de defesa à Ucrânia. Ele falou ainda em uma "assistência orçamentária adicional de 300 milhões de euros" (cerca de R$ 1,7 bilhão).
• A agência de refugiados da ONU (Organização das Nações Unidas) afirmou que mais de 100 mil pessoas se deslocaram dentro da Ucrânia, "fugindo da violência por segurança. A ONU estima que, se o conflito se estender, cerca de 4 milhões de pessoas poderão buscar refúgio em países da região.
• Recém-nascidos que estavam em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal de um hospital infantil em Dnipro, no leste da Ucrânia precisaram ser transferidos para um abrigo antiaéreo. A cidade foi alvo de ataques com mísseis quando a invasão russa à Ucrânia começou na manhã de ontem.
• O presidente Jair Bolsonaro (PL) citou um "contato excepcional" que manteve com Putin em sua viagem feita no início do mês, e desautorizou o vice-presidente Hamilton Mourão a falar em nome do governo sobre a crise que atinge o Leste Europeu.
• Na manhã de hoje, o encarregado de negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, elevou o tom e disse que "espera uma reação mais forte" do governo brasileiro com relação ao ataque da Rússia ao seu país.