Topo

Mariana Goldfarb desabafa sobre padrões de beleza: 'Ainda me afetam'

Mariana Goldfarb lança novo e-book com receitas afetivas
Mariana Goldfarb lança novo e-book com receitas afetivas
Leco Moura

De Splash, em São Paulo

05/04/2021 04h00

Mariana Goldfarb aprendeu a ressignificar sua relação com a comida após enfrentar a bulimia e a anorexia. Em 2021, ela se forma no curso de nutrição e também lança um e-book, "Temperos da Vida", relembrando receitas que marcaram sua história.

Em papo com Splash, a modelo falou sobre a gradual libertação dos padrões de beleza e os sonhos que ainda tem a realizar, especialmente o de formar uma família ao lado do marido, Cauã Reymond.

Continua depois da publicidade
rffdvfff - Leco Moura - Leco Moura
Mariana Goldfarb
Imagem: Leco Moura

Ressignificando a comida

Tanto o e-book quanto a faculdade tiveram papel fundamental para que Mari percebesse que a comida não precisava ser sua inimiga. Antigas memórias em família trouxeram de volta o lado mais afetivo da alimentação.

Quis mostrar que se alimentar não é somente ingerir a comida, mas, sim, compartilhar aquele momento. Do que mais sinto falta é a receita do pão de queijo. Quando minha avó nos visitava, sempre trazia um saquinho. Eu e minha irmã sentíamos o cheiro antes de ela entrar em casa!

Distúrbios alimentares

Mari já falou abertamente sobre os problemas de bulimia e anorexia que enfrentou há quatro anos. O trabalho como modelo e a cobrança por uma imagem tida como perfeita desencadearam uma relação negativa com os alimentos e uma busca por padrões destrutivos.

Sempre estive dentro do padrão estético, mas, desde a infância, recebia comentários sobre o meu corpo: a falta de seio, a falta de quadril. Quando comecei a trabalhar como modelo, senti isso mais forte. Ali, somos apenas cabides, e as pessoas não têm empatia na hora de apontar defeitos.

Continua depois da publicidade
rfvrrg - Leco Moura - Leco Moura
Mariana Goldfarb
Imagem: Leco Moura

Mari admite que se informava de maneira errada, consumindo livros ou filmes que intensificavam os sentimentos negativos referentes ao seu corpo, inclusive gerando culpa sobre consumir certos alimentos. As redes sociais também a pressionaram ainda mais.

Posso dizer que estar nas redes sociais e receber tantos comentários negativos sobre meu corpo influenciou bastante no distúrbio de imagem. Eu via a comida de forma deturpada, não como a cura. Cheguei a ter medo de comer cenoura ou berinjela, pois achava prejudicial para mim. Você entra em paranoia.

vfrrvrfd - Leco Moura - Leco Moura
Mariana Goldfarb diz ainda sofrer com padrões de beleza
Imagem: Leco Moura

Libertação

O curso de nutrição e a busca por ajuda profissional foram responsáveis por modificar a relação de Mari com a comida e também por ajudá-la a se importar menos com tantos padrões opressores para as mulheres.

Continua depois da publicidade

Não posso ser hipócrita e dizer que não me afeta mais, porque ainda afeta. Mas hoje vejo que tenho mais controle. É um processo necessário e árduo, mas estou colhendo frutos muito bons hoje. Entendo mais o que estou ingerindo e como o meu corpo recebe esse alimento.

trfrref - Leco Moura - Leco Moura
Mariana Goldfarb lutou contra bulimia e anorexia
Imagem: Leco Moura

É impossível negar que o próprio universo das celebridades reforça os conceitos sobre o que é ou não um corpo perfeito. Mariana entende isso e tenta agir com responsabilidade para que não seja uma influência negativa às mulheres que a seguem.

É uma responsabilidade muito séria. Na época em que sofri os distúrbios, não tinha ideia de como influenciava as pessoas. Hoje, entendo que precisamos tomar cuidado. Tem muito perfil nas redes que dissemina informações necessárias para desconstruir esse sistema de opressão.

Continua depois da publicidade

Família crescendo

Com a pandemia, o ano de 2021 ainda é bastante incerto. Além de planejar um novo programa e um livro, ela pretende realizar o sonho de ser mãe em breve, celebrando a convivência com Cauã, com quem superou as adversidades do isolamento social.

A gente tem estado mais conectado, com conversas relevantes, momentos nossos. Eu costumo dizer que um casal na pandemia dança vários ritmos. Uma hora é um tango, outra hora é um clássico e, às vezes, é um hard rock! Sempre foi meu sonho ser mãe e estou me preparando para concretizá-lo.