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Elenco da 'TV Cruj' se reúne 15 anos depois no 'Oi, Sumido'

Colaboração para Splash, em São Paulo

28/10/2020 11h00Atualizada em 28/10/2020 14h25

As crianças da época nem poderiam imaginar. Nem mesmo os apresentadores da atração sabiam desse fato curioso. Mas foi de Carlos Drummond de Andrade, autor de "O Poder Ultra-Jovem", que surgiu a inspiração para os cineastas Cao Hamburguer e Anna Muylaert criarem um programa infantil diferente de tudo que havia na televisão até então.

Em 1997, a programação do SBT era "hackeada" —um termo ainda desconhecido na época, mas que é bem mais fácil de entender hoje em dia— por crianças cansadas da chatice da programação comandada por adultos. A "TV Cruj" era o programa do Comitê Revolucionário Ultra-Jovem. Em 2001, mudou de nome para "Disney Cruj" e ficou no ar até 2003.

Neste episódio de estreia da segunda temporada de "Oi, Sumido", a editora de Splash, Liv Brandão, e o colunista de cinema Roberto Sadovski conversam com as "crianças" —hoje adultas (e até pai de família, como Diego Ramiro, o Caju)— que revolucionaram (perdão pelo trocadilho) o jeito de apresentar desenhos animados na TV. Também participaram do papo os atores Leonardo Monteiro, o Chiclé, Jussara Marques, a Maluca, Murilo Troccoli, o Rico, e Danielle Lima, Pipoca. Faltou Caíque Benigno, o Macaco, mas a chuva em São Paulo prejudicou sua conexão.

Essa galera não se reunia há uns 15 anos!

Diego Ramiro resume o que, pra ele, foi a transformação que a TV Cruj trouxe para a programação infantil:

A gente deu o direito para o público escolher que queria ver. A gente deu o controle remoto para eles

O elenco fala também sobre o início precoce de uma rotina de trabalho, fazendo com que as vidas deles não fossem iguais às das outras crianças da mesma idade e como foi lidar tão cedo com a fama. Eles lembram de dois momentos que precisaram sair escoltados de gravações: uma no Zoológico de São Paulo e outra numa lanchonete da capital paulista.

Contam ainda os episódios de tietagem —principalmente com Caju, o "galã" da TV Cruj— e como acham que um programa como aquele seria recebido num país tão polarizado quanto o Brasil de 2020.

Dá o play, Macaco!