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Os livros de Rita Lee: bio best-seller, infantis, parceria com Laerte...

Capa do livro "Dropz" com um autorretrato feito por Rita Lee - Divulgação
Capa do livro "Dropz" com um autorretrato feito por Rita Lee Imagem: Divulgação

Rodrigo Casarin

Colunista do UOL

11/05/2023 04h00

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A comoção provocada pela morte de Rita Lee fez com que muitos leitores corressem atrás de livros escritos pela artista. Enquanto escrevo este texto, as duas autobiografias da estrela ocupam os dois primeiros lugares entre os mais vendidos da Amazon, que leva em conta números dos últimos sete dias.

Encabeça a lista "Rita Lee - Uma Autobiografia", escrita em parceria com o jornalista e pesquisador Guilherme Samora, publicada em 2016 e que já vendeu centenas de milhares de cópias. Livro mais famoso da cantora, nele Rita repassa sua trajetória com um olhar mordaz, irônico, nada complacente sobre si.

A obra saiu pela Globo Livros, casa de boa parte de seus títulos, a mesma que publicará um segundo registro biográfico da artista. Desde o início do ano que "Rita Lee: Outra Autobiografia" está prometido para o final de maio (já em pré-venda, deve chegar aos leitores a partir do dia 22). Focado nos últimos três anos, é um trabalho que retratará a vida da biografada durante a pandemia e em meio aos tratamentos para combater o câncer.

Na primeira página dessa lista de mais vendidos da multinacional, que informa os 50 melhores colocados, aparecem outros dois trabalhos da autora. Em 26º lugar, "FavoRita" é uma mistura de textos pessoais, reflexões, documentos e fotos raras publicada em 2018 para comemorar os 70 anos de Rita.

Um pouco além, no 32º lugar, está "Dropz", lançado em 2017, no qual a artista se experimenta na ficção literária. A obra de 272 páginas reúne 61 contos escritos por Rita acompanhados por ilustrações da própria autora.

A caminhada de Rita Lee junto aos livros seguiu por diversos caminhos. Em 2013 a cantora se juntou a outra gigante para lançar "Storynhas" (Companhia das Letras). No volume, a imaginação da ex-Mutantes gerou narrativas ligeiras que ganharam contornos e cores graças aos traços de Laerte, uma das maiores quadrinistas de todos os tempos.

E um bichinho que seria utilizado em testes de laboratório mas foi resgatado por Rita acabou servindo de inspiração para os livros infantis da autora. Alex, o ratinho sortudo, virou o Dr. Alex, ganhou óculos, vestiu cartola e, nas histórias da artista, foi batalhar pela preservação da natureza.

Ilustrado por Guilherme Francini, "Dr. Alex" chegou aos leitores em meados dos anos 1980. Na sequência veio "Dr. Alex e os Reis de Angra", com desenhos de Quihoma Isaac. É o mesmo ilustrador da terceira aventura, na qual o personagem foi parar numa floresta em processo de devastação: "Dr. Alex na Amazônia", de 1990.

Guilherme Francini voltou para ilustrar os dois últimos livros do ratinho. "Dr. Alex e o Oráculo de Quartz" saiu em 1992 e, anos depois, foi reeditado com o título de "Dr. Alex e o Phantom". No derradeiro "Dr. Alex e Vovó Ritinha - Uma Aventura no Espaço", o tom mudou: é uma história lançada em 2022 na qual Rita se propôs a falar com o público infantil a respeito da morte.

Entre a última e a penúltima aventura de Dr. Alex, Rita lançou "Amiga Ursa: Uma História Triste, Mas Com Final Feliz". Também ilustrado por Francini e publicado pela Globinho, como os demais infantis aqui citados, nele a autora conta a história da ursa Marsha, vítima de tráfico de animais que, no Brasil, passou por anos de maltratados até ser resgatada.

Uma carreira brilhante nos palcos. E, fácil notar, também com boa presença nas livrarias.

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