Entre sonhos, demônios e a própria história: papo com Lourenço Mutarelli

A experiência de quase morte vivenciada pelo autor impactou com força o que o leitor encontra em "O Livro dos Mortos - Uma Autobiografia Hipnagógica" (Companhia das Letras), novo romance de Lourenço Mutarelli.

As perturbações, as figuras em duplicidade, as histórias cíclicas? Elementos bastante presentes na literatura de Mutarelli também estão nesse trabalho no qual o leitor acompanha Pompeu Porfírio Júnior, um contador de histórias.

Relacionadas

Sete notas para uma definição de leitor independente

Xico Sá: o ocaso de um goleiro e a literatura na mesa do boteco

Natalia Ginzburg: verdadeiros romances podem nos devolver o amor pela vida

Presente e passado se misturam em encontros onde, aos poucos, a vida, as obsessões, os saudosismos e os demônios do protagonista se apresentam numa obra em que as notas de rodapé formam praticamente um livro paralelo.

Os limites entre a própria história, a ficção e a forma como a própria história é composta por ficções ou elementos que ficam no limiar entre o mundo físico e a imaginação foram assuntos do papo que bati com Mutarelli.

Ele é autor de títulos como "Miguel e os Demônios", "O Grifo de Abdera", "O Natimorto", "A Arte de Produzir Efeitos Sem Causa" e "O Cheiro do Ralo", os três últimos levados para o cinema. Também quadrinista, são de Mutarelli as HQs "Transubstanciação" e a trilogia do detetive Diomedes.

O diálogo com diversas formas de arte, o modo como nascem as suas narrativas e a admiração de Mutarelli por Jorge Luis Borges também estão no papo.

A foto de Mutarelli usada na arte do episódio foi feita por Marcos Vilas Boas.

O podcast do Página Cinco está disponível no Spotify, na Apple Podcasts, no Deezer, no SoundCloud e no Youtube.

Você pode me acompanhar também por essas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.