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Herança da rainha, Elizabeth 2ª deixa propriedade de até R$ 2 bilhões

A rainha Elizabeth 2ª na sala de música do Palácio de Buckingham após a gravação de sua mensagem de Natal em 2008 - Getty Images
A rainha Elizabeth 2ª na sala de música do Palácio de Buckingham após a gravação de sua mensagem de Natal em 2008 Imagem: Getty Images

Alexandre Santos

Colaboração para o UOL

08/09/2022 17h22

A rainha Elizabeth 2ª, que morreu hoje aos 96 anos, no Castelo de Balmoral, na Escócia, deixa como herança um vasto patrimônio, que inclui suntuosos palácios, mansões e castelos ao redor do Reino Unido.

A monarca, a mais rica da família real britânica, somava bens que alcançavam uma fortuna líquida de ao menos 350 milhões de libras, o equivalente a mais de R$ 2 bilhões, segundo publicou o "Sunday Times" numa reportagem em março deste ano.

De acordo com o tabloide dominical, o montante representa um aumento de 15 bilhões de libras (R$ 90 bilhões) em relação aos ganhos de 2020.

Os valores são estimados, uma vez que parte das posses da rainha estão em nome da coroa, a exemplo do Palácio de Buckingham e do Castelo de Windsor.

Com a morte de Elizabeth, o príncipe Charles, 73, seu primogênito, é quem assumirá o trono britânico assim como seus bens, joias e coleções de arte da realeza.

Palácio de Buckingham (Londres, Inglaterra)

Palácio de Buckingham, na Inglaterra - Getty Images/iStockphoto - Getty Images/iStockphoto
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Localizado no coração de Londres, o Palácio de Buckingham foi a mais famosa das residências oficiais de Elizabeth 2ª. Construída em 1703, a imponente edificação serviu como morada da rainha desde 1837, embora também funcionasse como sede administrativa da monarquia. Com 108 metros de comprimento e 24 metros de altura, o palácio tem 77 mil metros quadrados e 775 cômodos, que incluem 19 quartos de Estado, 52 quartos reais e de hóspedes, 188 quartos para funcionários, 92 escritórios e 78 banheiros. Além de residência oficial da monarca, o local sempre abrigou eventos oficiais, recepções, cerimônias e celebrações nacionais. É ali também que se dão as aparições da família real em casamentos ou em comemorações.

Nos últimos anos, Buckingham passou por uma ampla reforma estimada em 369 milhões de libras (cerca de 2,1 bilhões de reais), de acordo com o The Telegraph.

Castelo de Windsor (Windsor, Berkshire, Inglaterra)

Castelo de Windsor, na Inglaterra - Vladislav Zolotov/Getty Images - Vladislav Zolotov/Getty Images
Imagem: Vladislav Zolotov/Getty Images

O Castelo de Windsor é a residência onde ela passou a maior parte do isolamento imposto pela pandemia de covid-19. Situado na cidade de Windsor, no condado de Berkshire, a cerca de 35 km do centro de Londres, é atualmente o maior castelo ocupado do mundo. O local funciona como uma casa real e fortaleza há mais de 900 anos. Elizabeth, contudo, o tinha como residência particular, em que costumava passar os fins de semana, e residência oficial da realeza. Construído no século 11, o castelo já abrigou 39 monarcas ao longo de sua história. O jardim possui 3.500 roseiras plantadas em torno de uma fonte central. O prédio é ainda uma atração turística bastante movimentada, já que os visitantes podem conhecer apartamentos de Estado, a famosa casa de bonecas da rainha Maria, a capela de São Jorge e a capela do Memorial Albert.

Tal como em Buckingham, a troca da guarda no castelo ocorre regularmente.

Castelo de Balmoral (Ballater, Escócia)

Castelo de Balmoral - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Imagem: Reprodução/Instagram

Patrimônio pessoal da rainha e local em que morreu, o Castelo de Balmoral é a casa de férias da família real fincada nas montas escocesas. Adquirida em em 1852 pelo marido da rainha Vitória, a luxuosa propriedade tem aproximadamente 20 mil hectares, onde há silvicultura, fazendas e criação de animais, incluindo gado e pôneis. Entre os destaques do local estão os grandes jardins, bem como o Ballroom, "salão de baile" do castelo, maior cômodo da propriedade onde atualmente são expostas exibições.

Balmoral também é onde acontecem os "testes secretos" para aqueles que querem entrar para a realeza britânica pela via do casamento, a exemplo da princesa Diana (1961-1997).

Sandringham House (Norfolk, Inglaterra)

A Sandringham House, principal casa da propriedade, que é de uso da rainha - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

Sandringham House, que fica em Norfolk, no interior da Inglaterra, é a residência rural em que a rainha costumava reunir sua família para celebrar o Natal. Localizado na freguesia de Sandringham, em Norfolk, a cerca de 160 km ao norte de Londres, a mansão foi adquirida pela família real em 1862 e desde então tem sido uma casa privada para os monarcas britânicos. Algumas curiosidades históricas rondam o espaço: além de o pai da rainha, George 6º, e seu avô, George 5º, terem morrido na propriedade, o interior da edificação serviu de cenário da primeira mensagem de Natal televisionada da rainha, em 1957.

Disposto numa área de mais de 8 mil hectares, a casa possui jardins, parque e cômodos requintados.

Palácio de Holyrood (Edimburgo, Escócia)

O Palácio de Holyroodhouse, na Escócia, era a residência oficial de Elizabeth 2ª quando ela visitava o país. Construído como monastério no século 16, o local mudou bastante seu formato e estrutura originais. Ainda assim, carrega ainda a importância de todo um passado real e é repleto de histórias, como a de um secretário particular da rainha Maria (1542-1567), que certa vez foi esfaqueado 50 vezes em um de seus aposentos. Possui arquitetura clássica, com decoração barroca em seu interior, e um sem-número de salas de cerimônia que precedem os apartamentos reais. A decoração é composta por móveis de época, tapetes e fotografias reais. A propósito, a "Great Gallery", um ambiente com 44 metros de comprimento, guarda 96 retratos dos membros da dinastia britânica. No espaço, a rainha também fazia recepções oficiais.

Castelo de Hillsborough (Irlanda do Norte)

Situado no interior da Irlanda do Norte, era o endereço de Elizabeth 2º no país. Com o avanço da idade, porém, a rainha pouco frequentou o local nos últimos anos. Assim, o espaço também faz as vezes de sede do governo na Irlanda do Norte e residência do secretário de Estado do irlandês. Conta a história que, há mais de 300 anos, o espaço abrigava uma grande casa de família. A charmosa residência real possui jardins ornamentais, bosques, canais e vales em uma área de mais de 40 hectares.

Desde abril de 2014, é local administrado pelos Palácios Reais Históricos, uma instituição de caridade independente, responsável por cuidar dos palácios reais desocupados do Reino Unido, e está aberto ao público em determinadas datas.