Rio 2016 terá segurança dividida entre agentes públicos e privados, diz ministério
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A segurança de arenas esportivas, locais de competições, treinos, vilas de árbitros e atletas e outras instalações olímpicas deve ser compartilhada entre agentes públicos e privados na Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro, segundo o secretário extraordinário de segurança para grandes eventos do Ministério da Justiça, Andrei Rodrigues.
A estimativa atual é que 41 por cento da segurança dos Jogos será feita por forças públicas e 59 por cento por agentes privados. A ideia do governo federal é destacar para o Rio homens da Força Nacional de Segurança (FNS).
“Na Vila Olímpica, locais de competições, centro de treinamentos e as instalações onde houver a presença do poder público ficarão sob a responsabilidade da Força Nacional”, declarou Rodrigues nesta quarta-feira.
O gasto público em segurança pode chegar a 350 milhões de reais e outros 250 milhões devem ser aplicados em segurança privada.
Segundo Rodrigues, o emprego de outras forças visa não comprometer a segurança regular do Rio. “Dessa forma os Jogos não terão impacto no dia a dia da segurança da cidade”, afirmou Rodrigues a jornalistas. “A prioridade das forças de segurança do Rio de Janeiro é a segurança do Estado”, acrescentou ele ao frisar que não deve haver PMs nessas instalações olímpicas no ano que vem.
A decisão de usar segurança privada nos Jogos representa uma mudança de estratégia, já que recentemente representantes do governo federal, entre eles o secretário-executivo do Ministério do Esportes, Ricardo Leyser, haviam dito que a segurança seria totalmente pública.
"Estamos propondo esse modelo de segurança (compartilhada) e termos um diálogo com as vinte e sete unidade da federação na colaboração com a Força Nacional de Segurança", afirmou Rodrigues.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)
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