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Lima economizará US$ 88,5 milhões com mudanças de planos em sedes do Pan

29/05/2017 18h27

Lima, 29 mai (EFE).- A construção das sedes para os Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019, terá uma economia de US$ 88,5 milhões devido a uma modificação nos planos da vila onde os atletas ficarão hospedados e uma alteração no local de um estádio, anunciou nesta segunda-feira o presidente do Comitê Organizador, Carlos Neuhaus.

Perguntado pela Agência Efe sobre o custo da infraestrutura que falta ser construída ou remodelada para o evento, Neuhaus evitou em entrevista coletiva dar um orçamento estimado e informou que sua equipe trabalha para reduzir despesas e fazer Jogos mais eficientes.

O dirigente destacou que haverá uma economia de 200 milhões de sóis (US$ 61 milhões) na Vila Pan-Americana, onde se hospedarão os cerca de nove mil atletas, com a mudança de 39 edifícios de dez andares para sete prédios de 20 andares.

A menor quantidade de edifícios, que devem começar a ser construídos em setembro, deixará um espaço livre de 55 mil metros quadrados com um valor de mercado de US$ 26 milhões para construir novas moradias, comentou Neuhaus.

Também haverá outra economia de 90 milhões de sóis (US$ 27,5 milhões) com a mudança da localização de uma arena poliesportiva, que será construída em um terreno de 40 mil metros quadrados do Instituto Peruano do Esporte (IPD) no município de San Juan de Miraflores, e não em San Isidro.

Essa mudança permitirá que os custos da obra passem de 190 milhões de sóis (US$ 58 milhões) para 100 milhões de sóis (US$ 30,5 milhões) e reduzira o tempo de construção de 18 para 12 meses.

Nesse estádio serão disputadas as provas de ginástica artística, ginástica rítmica e caratê, e terá instalações "de primeiro nível e modernas, sem luxo, que serão utilizadas de maneira intensa pela população após os Jogos", analisou Neuhaus.

O presidente do Comitê Organizador indicou que o custo geral das sedes pode ser divulgado no dia 19 de junho, quando se reunirá na Câmara de Comércio de Lima com empresas nacionais e internacionais para anunciar as datas e os termos das licitações das obras.

Neuhaus acrescentou que já há empresas de pelo menos sete países, entre eles Espanha, Austrália, Canadá, China, Estados Unidos, França, Inglaterra e Turquia interessadas em participar das licitações. A expectativa é que as principais obras estejam em andamento em seis meses.