Retorno do ano no tênis, Del Potro se consagra com título da Davis
Redação Central, 28 nov (EFE).- A equipe argentina, agora campeã da Copa Davis, tem em Juan Martín del Potro o líder de que precisava, um estandarte e o jogador motivador que propiciou que a seleção ocupe um lugar na história do tênis, algo que buscavam desesperadamente.
Aconteceu de tudo para 'Delpo' nesta temporada, o que lhe rendeu o prêmio Retorno do Ano, entregue pela ATP há duas semanas. O atleta de 28 anos voltou às quadras em fevereiro, depois de ter se submetido a três operações no punho esquerdo, em março de 2014, janeiro de 2015 e junho de 2015.
No retorno, o argentino foi às semifinais do ATP 250 de Delray Beach, nos Estados Unidos. A partir de então, após três anos de luta, vieram uma série de glórias, entre elas a medalha de prata dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o título do ATP 250 de Estocolmo, o 19º da carreira e primeiro desde janeiro de 2014, e agora a conquista da Davis.
Na campanha no Rio em agosto, Del Potro bateu o sérvio Novak Djokovic, então número 1 do mundo, na estreia, e o espanhol Rafael Nadal, então quinto colocado do ranking, nas semifinais. Parou apenas na decisão, diante do britânico Andy Murray, então número 2. Mas a revanche veio um mês depois, em Glasgow, pelas semifinais da Davis.
A lista de derrotados pelo argentino tem também o atual campeão do US Open, o suíço Stan Wawrinka, contra quem a 'Torre de Tandil' levou a melhor na segunda rodada de Wimbledon, em junho. A cereja do bolo de um grande ano foi o triunfo de virada sobre o croata Marin Cilic, atual sexto colocado do ranking, após estar perdendo por 2 sets a 0. O resultado foi fundamental para o êxito na Davis, obtido horas depois, quando Federico Delbonis superou Ivo Karlovic.
A raquete com que 'Delpo' derrotou Cilic ficou em poder de Diego Armando Maradonak, torcedor ilustre da Argentina entre os presentes na Arena Zagreb. Foi o prêmio ao fervor do ídolo do futebol, que, do camarote, impulsionou a equipe do capitão Daniel Orsanic com dedicação, entusiasmo e fé, sobretudo fé.
No time argentino já não há mais fissuras, como aconteceu na final de 2008. Na ocasião, em final disputada em Mar del Plata contra a Espanha, então desfalcada de Rafael Nadal, o título esteve muito próximo.
No entanto, os espanhóis ficaram com o troféu em um confronto marcado por rusgas entre os dois principais jogadores dos donos da casa, o próprio Del Potro e David Nalbandian. As discussões, os problemas encarados pelo capitão Alberto Mancini para fazer-lhes entender o objetivo comum, os erros no tipo de quadra e as grandes atuações de Feliciano López e Fernando Verdasco adiaram o sonho.
Oito anos depois, a paz predominou no grupo dirigido por Orsanic, e o capitão pôde ter calma para trabalhar. E o líder dessa vez foi um só: Juan Martín del Potro.
O próprio Nalbandian esfregou os olhos com o triunfo deste domingo. "Simplesmente incrível. Obrigado por trazer a única copa que faltava ao tênis argentino. Parabéns a todo o grupo", reconheceu o ex-tenista.
A imprensa argentina agora defende que seja retirado o rótulo de "pecho frío" - algo como "sem sangue" no Brasil - de Del Potro, que em 8 de fevereiro era o número 1045 do ranking e fecha o ano como 38º e com seis vitórias sobre rivais do top 10.
"Obrigado aos que não me deixaram aposentar. Estive muito perto de nunca mais jogar", agradeceu 'Delpo', que termina 2016 com 32 vitórias e 12 derrotas.
Estas foram as vitórias mais destacadas de Del Potro em 2016 (entre parêntesis, o ranking do adversário na semana da partida):.
Andy Murray (2) nas semifinais da Copa Davis: 6-4, 5-7, 6-7(5), 6-3 e 6-4.
Novak Djokovic (1) nos Jogos Olímpicos do Rio: 7-6(4) e 7-6(2).
Rafael Nadal (5) nos Jogos Olímpicos do Rio: 5-7, 6-4 e 7-6(5).
Stan Wawrinka (5) em Wimbledon: 3-6, 6-3, 7-6(2) e 6-3.
Marin Cilic (6) final da Copa Davis: 6-7(4), 2-6, 7-5, 6-4 e 6-3. EFE
mlm/dr
Aconteceu de tudo para 'Delpo' nesta temporada, o que lhe rendeu o prêmio Retorno do Ano, entregue pela ATP há duas semanas. O atleta de 28 anos voltou às quadras em fevereiro, depois de ter se submetido a três operações no punho esquerdo, em março de 2014, janeiro de 2015 e junho de 2015.
No retorno, o argentino foi às semifinais do ATP 250 de Delray Beach, nos Estados Unidos. A partir de então, após três anos de luta, vieram uma série de glórias, entre elas a medalha de prata dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o título do ATP 250 de Estocolmo, o 19º da carreira e primeiro desde janeiro de 2014, e agora a conquista da Davis.
Na campanha no Rio em agosto, Del Potro bateu o sérvio Novak Djokovic, então número 1 do mundo, na estreia, e o espanhol Rafael Nadal, então quinto colocado do ranking, nas semifinais. Parou apenas na decisão, diante do britânico Andy Murray, então número 2. Mas a revanche veio um mês depois, em Glasgow, pelas semifinais da Davis.
A lista de derrotados pelo argentino tem também o atual campeão do US Open, o suíço Stan Wawrinka, contra quem a 'Torre de Tandil' levou a melhor na segunda rodada de Wimbledon, em junho. A cereja do bolo de um grande ano foi o triunfo de virada sobre o croata Marin Cilic, atual sexto colocado do ranking, após estar perdendo por 2 sets a 0. O resultado foi fundamental para o êxito na Davis, obtido horas depois, quando Federico Delbonis superou Ivo Karlovic.
A raquete com que 'Delpo' derrotou Cilic ficou em poder de Diego Armando Maradonak, torcedor ilustre da Argentina entre os presentes na Arena Zagreb. Foi o prêmio ao fervor do ídolo do futebol, que, do camarote, impulsionou a equipe do capitão Daniel Orsanic com dedicação, entusiasmo e fé, sobretudo fé.
No time argentino já não há mais fissuras, como aconteceu na final de 2008. Na ocasião, em final disputada em Mar del Plata contra a Espanha, então desfalcada de Rafael Nadal, o título esteve muito próximo.
No entanto, os espanhóis ficaram com o troféu em um confronto marcado por rusgas entre os dois principais jogadores dos donos da casa, o próprio Del Potro e David Nalbandian. As discussões, os problemas encarados pelo capitão Alberto Mancini para fazer-lhes entender o objetivo comum, os erros no tipo de quadra e as grandes atuações de Feliciano López e Fernando Verdasco adiaram o sonho.
Oito anos depois, a paz predominou no grupo dirigido por Orsanic, e o capitão pôde ter calma para trabalhar. E o líder dessa vez foi um só: Juan Martín del Potro.
O próprio Nalbandian esfregou os olhos com o triunfo deste domingo. "Simplesmente incrível. Obrigado por trazer a única copa que faltava ao tênis argentino. Parabéns a todo o grupo", reconheceu o ex-tenista.
A imprensa argentina agora defende que seja retirado o rótulo de "pecho frío" - algo como "sem sangue" no Brasil - de Del Potro, que em 8 de fevereiro era o número 1045 do ranking e fecha o ano como 38º e com seis vitórias sobre rivais do top 10.
"Obrigado aos que não me deixaram aposentar. Estive muito perto de nunca mais jogar", agradeceu 'Delpo', que termina 2016 com 32 vitórias e 12 derrotas.
Estas foram as vitórias mais destacadas de Del Potro em 2016 (entre parêntesis, o ranking do adversário na semana da partida):.
Andy Murray (2) nas semifinais da Copa Davis: 6-4, 5-7, 6-7(5), 6-3 e 6-4.
Novak Djokovic (1) nos Jogos Olímpicos do Rio: 7-6(4) e 7-6(2).
Rafael Nadal (5) nos Jogos Olímpicos do Rio: 5-7, 6-4 e 7-6(5).
Stan Wawrinka (5) em Wimbledon: 3-6, 6-3, 7-6(2) e 6-3.
Marin Cilic (6) final da Copa Davis: 6-7(4), 2-6, 7-5, 6-4 e 6-3. EFE
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