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Djokovic busca título inédito em Roland Garros para fechar 'Career Slam'

21/05/2016 19h20

Paris, 21 mai (EFE).- Número 1 do mundo desde julho de 2014, o tenista sérvio Novak Djokovic conquistou quase todos os principais títulos do circuito, mas lhe falta o ouro olímpico e o troféu de Roland Garros, segundo Grand Slam da temporada, que terá início neste domingo.

Djokovic nega ser obcecado pelo triunfo no saibro parisiense. Quando perguntado sobre o assunto, sempre responde: "Se não vencer neste ano, poderei tentar no ano que vem". No entanto, foi nítida sua frustração após a surpreendente derrota para o suíço Stan Wawrinka na final de 2015, depois de ter eliminado nas quartas de final o espanhol Rafael Nadal, eneacampeão na França e que vinha sendo a pedra no sapato do sérvio.

O objetivo de 'Djoko', que estreará diante do taiwanês Yen-Hsun Lu, é enfim fechar o chamado 'Career Slam', ou seja, vencer os quatro Grand Slam. O líder do ranking da ATP já é hexacampeão do Aberto da Austrália, tri de Wimbledon e bi do US Open. Em Roland Garros, porém, acumula três vice-campeonatos, obtidos em 2012, 2014 e 2015.

Ninguém duvida da capacidade de Djokovic, que apresenta como credenciais o título do Masters 1000 de Madri. No entanto, surpreendeu a eliminação logo na estreia em Monte Carlo, para o tcheco Jiri Vesely.

Além disso, os principais adversários estão em ascensão. O britânico Andy Murray, que também almeja um título inédito e iniciará a caminhada contra o experiente tcheco Radek Stepanek, bateu 'Nole' na decisão do Masters 1000 de Roma, há duas semanas, e consolidou-se como vice-líder do ranking. Em Paris, os dois poderão se encontrar apenas na decisão.

Na rota até a final, Djokovic pode cruzar com Nadal nas semifinais. O 'Rei do Saibro' não conseguiu honrar o apelido no ano passado, mas neste ano ficou com o troféu em Monte Carlo e agora busca o deca em Roland Garros. A estreia do 'Touro Miúra' será contra o australiano Sam Groth.

Com a missão de defender o título, Wawrinka vem em uma temporada de altos e baixos. Caiu nas oitavas de final do Aberto da Austrália e nos Masters 1000 teve como melhor resultado as quartas de final em Monte Carlo. Neste sábado, contudo, ficou com o troféu do ATP 250 de Genebra, sua primeira conquista no saibro neste ano.

A principal baixa de todo o torneio é o também suíço Roger Federer, que vem enfrentando uma sequência de problemas físicos e anunciou na quinta-feira sua desistência. Dessa forma, o atual terceiro colocado do ranking fica fora de um Slam pela primeira vez desde 1999.

Serão dois brasileiros na chave de simples, e ambos terão duros anfitriões pela frente logo na estreia. Thomaz Bellucci, número 39 do mundo, enfrentará Richard Gasquet, décimo na lista da ATP, enquanto Rogério Dutra Silva (85) jogará contra Gilles Simon (18).

Nas duplas, Marcelo Melo, que atua ao lado do croata Ivan Dodig, defenderá o título, enquanto Bruno Soares, parceiro do britânico Jamie Murray, irmão de Andy Murray, carrega nas costas o peso e o moral de ter vencido o primeiro Grand Slam do ano, na Austrália.

Assim como a masculina, chave feminina também tem alguém buscando uma marca histórica, a americana Serena Williams, que almeja o 22º Slam da carreira para igualar a alemã Steffi Graf, maior vencedora da Era Aberta.

Há também uma grande baixa, a russa Maria Sharapova, suspensa por doping. A vencedora de Roland Garros em 2012 e 2014 foi flagrada pelo uso da substância Meldonium durante o Aberto da Austrália.

A única brasileira será Teliana Pereira, número 81 do mundo. O primeiro jogo da pernambucana será contra a tcheca Kristyna Pliskova, e quem passar terá pela frente Serena ou a eslovaca Magdalena Rybarikova.