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Primeira campeã olímpica das Filipinas é premiada com uma casa e 655.000 dólares

27/07/2021 08h43

Manila, 27 Jul 2021 (AFP) - A vida vai mudar completamente para a levantadora de peso Hidilyn Diaz, que na segunda-feira deu às Filipinas o primeiro ouro olímpico de sua história com a vitória na categoria até 55 kg nos Jogos de Tóquio-2020 recebendo como recompensa, uma casa avaliada em 655.000 dólares.

A atleta de 30 anos conquistou a medalha de ouro após 18 meses de treinamento na Malásia devido a restrições ligadas à pandemia de covid-19. Na ilha meridional de Mindanao, onde mora, sua família acompanhou seu desempenho com bastante nervosismo.

"A alegria aumentou, gritamos e alguns choraram de emoção", contou Emelita Diaz, em entrevista à AFP um dia depois da façanha de sua filha.

A primeira medalha de ouro na história olímpica das Filipinas, que até então havia conquistado 10 pódios em outras edições, mas nenhum ouro, foi comemorada em Manila. Uma dessas medalhas anteriores é a prata que Hidilyn Diaz ganhou na Rio-2016.

"Obrigado, Hidilyn Diaz, por esta primeira medalha de ouro para as Filipinas! Estamos muito orgulhosos de você", escreveu a lenda do boxe filipino Manny Pacquiao no Twitter.

Como recompensa pelo feito, a levantadora de peso receberá a quantia de 33 milhões de pesos filipinos (655.000 dólares), pagos pelas autoridades e colaboradores do setor privado. Dez milhões de pesos correspondem ao pagamento do Estado a cada eventual ganhador de uma medalha de ouro e dois empresários indicaram à AFP que pagariam cada um 10 milhões de pesos. Outro contribuirá com 3 milhões de pesos.

Além desse montante, que é uma fortuna em um país onde o salário mensal gira em torno de 250 euros (290 dólares), a atleta vai receber uma casa.

A imobiliária Megaworld Corporation também anunciou nesta terça-feira que vai oferecer uma residência no valor de 14 milhões de pesos (278.000 dólares).

Este título olímpico também pode servir para mudar a sorte de outros atletas filipinos, disse Harry Roque, porta-voz da presidência, reconhecendo que os incentivos públicos foram insuficientes.

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