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Três favoritos e um país-sede se enfrentam no 'grupo da morte' da Eurocopa

09/06/2021 22h27

Paris, 10 Jun 2021 (AFP) - Os campeões mundiais franceses, reforçados por Karim Benzema, vão enfrentar dois gigantes europeus, a Alemanha e Portugal, de Cristiano Ronaldo, em um impressionante Grupo F que inclui também a Hungria, um dos onze países que recebem jogos da Eurocopa-2020.

Os 'Bleus' sonham com uma dobradinha para esta geração fenomenal liderada por Paul Pogba, Antoine Griezmann e Hugo Lloris e que alcançaria o mesmo status de Zinédine Zidane, Laurent Blanc e Didier Deschamps, atual treinador, que conquistou a Euro-2000 após a Copa do Mundo de 1998.

A seleção bicampeã terá três jogadores em grande fase: o meio-campista N'Golo Kanté, cujo nome começa a ser cotado para ser premiado com a Bola de Ouro após sua atuação na Liga dos Campeões que conquistou com o Chelsea, e os atacantes Kylian Mbappé e Benzema. Este último, protagonista de um retorno inesperado.

Descartado há mais de cinco anos pelo caso da 'sextape' da qual seu companheiro de equipa Mathieu Valbuena foi vítima (este ano o caso será julgado por cumplicidade em tentativa de chantagem), Benzema voltou sorridente, após uma reconciliação surpresa com Deschamps.

Esta incorporação cria um triângulo de ouro composto por ele juntamente com Mbappé e Griezmann, fazendo com que para muitos os 'Bleus' sejam os favoritos do torneio.

- Hungria, a zebra diante de sua torcida -Esta situação "pode ser perigosa, mas somos profissionais o suficiente para saber que as partidas serão muito difíceis", disse no sábado Thomas Lemar, campeão da LaLiga espanhola com o Atlético de Madrid.

Adrien Rabiot, companheiro de Cristiano Ronaldo na Juventus, sabe que a seleção portuguesa, atual campeã europeia, será o outro 'ogro' da chave F.

"Já conversamos sobre isso (com o Cristiano). Ele disse que tínhamos uma equipe muito sólida, mas também me disse 'cuidado com a gente!'. É um duelo (no dia 23 de junho) que ele aguarda com impaciência", afirmou o meia.

Na busca pelo recorde absoluto de gols por seleções, que atualmente pertence ao iraniano Ali Daei (109 gols), CR7 (que soma 104) está pronto para se soltar, junto com um elenco que reúne muitos talentos (Bruno Fernandes, João Félix, Bernardo Silva, André Silva...).

Também voltará à sua memória a final que teve de abandonar devido a uma lesão em 2016, após menos de meia hora em campo, e que a sua equipe acabou vencendo sem ele, exatamente contra a França (1-0).

Mas a Alemanha tem meios para desempenhar o papel de estraga-prazeres. Até porque joga em casa, em Munique, no seu Allianz Arena (contra a França no dia 15 e contra Portugal no dia 18), um estádio que Manuel Neuer, Leon Goretzka, Joshua Kimmich, Leroy Sané e, é claro, Thomas Müller, conhecem muito bem.

No último torneio do treinador Joachim Löw, a 'Mannschaft' parece longe do nível que alcançou quando conquistou a Copa do Mundo de 2014, bons tempos que o próprio treinador tenta reviver ao convocar os veteranos Müller e Mats Hummels após dois e meio anos de ausência.

O desafio dos alemães no início será, portanto, sobreviver ao "grupo da morte". Uma chave onde a Hungria é a 'zebra', mas uma zebra que terá a vantagem da presença de sua torcida na Puskas Arena em Budapeste, onde 68.000 lugares estarão 100% ocupados.

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