Lewis Hamilton teve motivos para sair frustrado do circuito de Zandvoort neste domingo (4). O piloto ocupava a liderança do GP da Holanda, mas devido a uma estratégia questionável da Mercedes terminou a corrida fora do pódio. Mesmo com a superioridade de Max Verstappen, vencedor da prova, o britânico teria chances de ficar entre os três primeiros colocados. Acabou em quarto e esbravejou com a equipe: "Não acredito que vocês me f..."
Na Live F1 do Seixas e do Flavio, transmitida pelo UOL Esporte logo após as corridas da Fórmula 1, os jornalistas Fábio Seixas e Flavio Gomes analisaram a decisão da Mercedes de não chamar Hamilton para fazer um pit stop. Ambos consideraram que a equipe não tinha muitas opções naquele momento sem correr riscos.
Tudo começou quando Valtteri Bottas abandonou a prova após sua Alfa Romeo parar na reta principal de Zandvoort. O safety car entrou na pista e o líder Verstappen foi para os boxes, trocando os pneus duros por macios. Ele voltou atrás de Hamilton e Russell, que pouco depois também fez um pit stop e colocou compostos macios. Hamilton não parou para a troca e, com pneus médios e desgastados, foi presa fácil para o holandês na relargada. Ele ainda foi ultrapassado pelo companheiro de equipe e por Charles Leclerc.
"Eles viram que seria uma estratégia arriscada e, na hora do risco, jogaram com o piloto que estava mais atrás e tinha menos a perder, que era o Russell. Quando as coisas começam a dar errado, dá tudo errado. A Mercedes não cometia esse erro tempos atrás. Estava mais ligada em uma disputa de título, o que não te dava o direito de errar. No passado, de maneira alguma a Mercedes cometeria um erro como esse", avaliou Seixas.
Na visão de Gomes, a Mercedes não tinha muita escolha. "Parar os dois não daria certo. Eles estavam passando pelo box, em fila indiana, atrás do safety car, e isso não seria possível. Como o pit lane é muito apertado, um carro ia parar e o outro ficaria esperando no meio. A Mercedes teve que fazer uma opção e foi pelo Russell, e isso deve ter chateado bastante o Hamilton. Mas não é uma decisão fácil", apontou o colunista do UOL.
Apesar do problema com Hamilton, Gomes considerou que a equipe alemã teve um bom desempenho no circuito holandês. "A Mercedes fez uma corrida boa. Tinha uma estratégia diferente, inicialmente com uma parada. Podia dar certo e acho que chegaria em segundo e terceiro. No momento em que houve o safety car virtual [após o abandono de Tsunoda], a Mercedes foi obrigada a trocar de estratégia e perdeu a possibilidade de ter um pit stop a menos", disse.
Embora Hamilton tenha se frustrado com o resultado da corrida, Gomes viu um saldo positivo para a Mercedes. "Você ferraria um ou outro. Era uma decisão muito difícil de ser tomada rapidamente, mas tem consequências. Nesse caso, atrapalhou o final de corrida do Hamilton. Mas a Mercedes melhorou muito em relação ao que apresentou no GP da Bélgica, em que foi um total desastre", finalizou.
Não perca! A próxima edição da Live F1 do Seixas e do Flavio será logo após o GP da Itália, em 11 de setembro. Você pode acompanhar o programa pelo Canal UOL, no canal do UOL Esporte no Youtube e pelas redes sociais do UOL.
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