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Aberto da Austrália veta jogadora vacinada, mas libera Djokovic sem vacina

Novak Djokovic embarca para a Austrália para disputar o primeiro Grand Slam do ano - Reprodução/Instagram
Novak Djokovic embarca para a Austrália para disputar o primeiro Grand Slam do ano Imagem: Reprodução/Instagram

Colaboração para o UOL, em Santos (SP)

04/01/2022 14h26

O primeiro Grand Slam do ano já é alvo de polêmica antes mesmo de começar. Enquanto o sérvio Novak Djokovic foi liberado pelo governo australiano para disputar Australian Open mesmo sem estar vacinado contra a covid-19, a tenista russa Natalia Vikhlyantseva está impedida de participar do torneio mesmo vacinada. Isso acontece porque a vacina que recebeu —Sputnik V— não é reconhecida pelas autoridades sanitárias do país aussie.

Novak Djokovic viajou hoje (4) à cidade australiana de Melbourne e declarou nas redes sociais que o governo local lhe concedeu uma 'permissão de exceção' para jogar o primeiro grande torneio de 2022 sem apresentar comprovante vacinal contra a covid-19.

A participação de Djokovic no Aberto da Austrália tem sido discutida há semanas. A organização do torneio exige que todos os participantes comprovem ter se vacinado contra o coronavírus, mas o sérvio afirma ter recebido uma exceção.

"Passei dias fantásticos com minha família durante a pausa [da temporada] e agora estou indo para a Austrália com uma permissão de exceção", escreveu Djokovic nas redes sociais.

O Australian Open justificou a "exceção médica" concedida ao jogador em comunicado oficial publicado hoje (4). "Djokovic solicitou uma exceção médica que foi aprovada após um rigoroso processo que envolveu dois painéis separados de especialistas", diz a nota.

A decisão de deixar o sérvio entrar no país foi tomada em conjunto com um órgão do Ministério da Saúde australiano.

Russa não poderá jogar mesmo vacinada

Tenista russa Natalia Vikhlyantseva em Wimbledon - Reprodução/Twitter@NVikhlyantseva - Reprodução/Twitter@NVikhlyantseva
Imagem: Reprodução/Twitter@NVikhlyantseva

Por outro lado, a russa Natalia Vikhlyantseva avisou, em seu Twitter, que não poderá participar porque a Sputnik V não é uma das oito vacinas reconhecidas pelas autoridades sanitárias australianas: Pfizer, AstraZeneca, Moderna, Janssen, Sinovac, AstraZeneca (Serum Institute of India), Sinopharm China e Bharat Biotech.

"Infelizmente não participarei do Australian Open este ano. Estou muito feliz com o nível de tênis que mostrei nos últimos torneios e queria jogar na Austrália, mas a Sputnik ainda não é reconhecida. Boa sorte a todos os participantes e à equipe do Australian Open, que sempre faz eventos incríveis", disse a tenista de 24 anos.

Djoko e Australian Open não dão maiores detalhes

Autoridades australianas tinham reiterado nos últimos dias que Djokovic só entraria no país se comprovasse ter se vacinado. Foi justamente esta exigência que fez o sérvio desistir de jogar a Copa ATP, que está sendo disputada justamente na Austrália. Entretanto, ele ganhou a liberação mesmo sem a comprovação.

O protocolo da Austrália prevê exceções para entrada de não vacinados no país em casos, por exemplo, de a pessoa ter alguma condição médica aguda que impeça a vacinação, ou que tenha tido alguma reação grave após a primeira dose, ou ter contraído o vírus recentemente e por isso não ter tido tempo hábil de completar o esquema vacinal, entre outros casos específicos. Nem Djokovic nem Australian Open, no entanto, entram em detalhes do motivo da exceção.