Não estamos brigando por título".
A frase acima poderia ser de um técnico cujo time está com baixo desempenho no Brasileirão, flertando com rebaixamento ou um meio de tabela insosso.
Mas não é o caso.
Luiz Felipe Scolari e o Athletico estão dois pontos atrás do Palmeiras, após a 15ª rodada. O Furacão e o xará Atlético-MG, empatados na tabela, são hoje os principais perseguidores ao líder. E, mesmo assim, o discurso no lado paranaense é de que a briga realista ainda não é pela taça, mesmo que eles tenham acabado de derrotar o Palmeiras no Allianz Parque, com um time misto.
"A campanha é muito boa, mas brigar pelo Brasileirão é um pouco mais difícil. Temos equipes mais bem preparadas que a nossa. Podemos continuar fazendo esse trabalho para ver se conseguimos seguir em frente", disse o treinador.
Raposa felpuda no futebol, Felipão pode estar sendo cauteloso ou só despistando, como estratégia para evitar a pressão. A vitória no sábado mostra que o Athletico não é apenas mais um participante na Série A deste ano. A fase é ótima. São 13 jogos de invencibilidade, considerando todas as competições. No Brasileirão, nove partidas sem derrota.
Já a versão 2022 do Atlético-MG é menos empolgante do que a do ano passado, que teve título brasileiro e da Copa do Brasil. Mas o time de Turco Mohamed não para de reforçar um elenco já muito forte (Pedrinho e Alan Kardec foram anunciados há pouco).
De fato, as pretensões dos dois Atléticos, embora empatados hoje, eram diferentes ao início do Brasileirão. E com características distintas, eles são, sim, protagonistas — mesmo que Felipão negue. Mas de que forma?